segunda-feira, 31 de maio de 2010

Professores cansados de sofrer agressões


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O Conselho Executivo da Escola Básica 2,3 de Santa Maria, em Beja, manteve-se irredutível, esta segunda-feira, na decisão de se demitir em bloco, "saturado" com vários casos de agressões de alunos e pais a funcionários e professores.

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Em causa estão pelos menos três casos muito graves de agressões ocorridas desde Novembro de 2007, tendo o último episódio acontecido na passada quinta-feira.

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O problema, de acordo com fontes da escola, parece estar nos alunos e encarregados de educação provenientes de bairros degradados e de famílias nómadas.

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Face ao clima de insegurança que se vive no seio da comunidade escolar, os docentes e não docentes de sete escolas do agrupamento de Beja, tinham decidido, na sexta-feira, que encerrariam os estabelecimentos na manhã de ontem, acção de protesto que acabou por ser desconvocada numa reunião que se realizou ontem, cerca das 8 horas.

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Para esta "desconvocação", muito terá contribuído a presença, no final da tarde de sábado, de José Verdasca, director Regional de Educação do Alentejo (DREA), que, acompanhado de uma jurista, terá "aconselhado" os contestatários a recuar na decisão de fechar as escolas.

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"Era como se os capitães de Abril tivessem que pedir autorização ao Américo Tomáz para fazer a revolução", disse ao JN o docente Florival Baiôa, comentando as alegadas pressões de José Verdacas junto dos professores.

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Domingas Velez, presidente demissionária do CEA, considera que "as situações têm-se agravado de dia para dia. Estão insuportáveis", razão pela qual quer abandonar do cargo. Quanto ao encerramento das escolas, a professora defendeu que "as coisas devem ser feitas de forma programada e organizada", sustentando que todos "temos os nossos direitos, mas na legalidade", apontando uma decisão para uma reunião que se vai realizar hoje.

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Na manhã de ontem, pais e alunos concentraram-se à porta da EBI de Santa Maria "exigindo mais segurança", situação que se viria a repetir à hora de almoço, bem como ao final do dia de ontem. (Jornal de Notícias)

domingo, 30 de maio de 2010

Uma lição de moral

Começo dizendo que hoje, graças ao curso de licenciatura de História, do qual faço parte, meus pensamentos não correspondem mais há os de alguns meses atrás!
Não tinha sonho maior na minha vida do que passar no vestibular e fazer  um curso que pra mim seria uma satisfação, cheguei falando que não queria ser professora, estava ali naquela sala só porque AMAVA  a história, que iria seguir uma outra carreira para qual eu estudo, e que é bom resaltar, em nada tem haver com a docência , seria técnica em Mêcanica Industrial, no qual eu perderia noite rodando turno, ganharia bem mais, e não teria preocupações ou melhor, chateações com alunos insolentes, que não estão interessados em estudar, e que estão longe de ter algum respeito por algum professor.... bem , caros amigos, posso dizer que depois de uma série de discussões em salas de aulas, estudo de algumas politicas sociais e educacionais e um ensinamento da professora que observo, meus sonhos tomaram outro rumo. Hoje eu quero ser uma PROFESSORA, e digo mais quero ser uma super professora, daquelas que despertam o interesse do aluno como um toque de mágica, daquelas em que ensinam os alunos a pensar e se mostrar, quero resolver problemas e mostrar que a educação é o único caminho.

Bem, em mais um dia de uma aula, não tive muitas surpresas, tudo o que já tinha visto acabou por se repetir, a professora faz um esforço inacreditável para falar e maior ainda para ser ouvida, enquanto isso os alunos saiam da sala de aula sem permissão, conversavam na porta da sala de aula em meio de muitos insultos e muita falta de respeito, com toda essa desordem e falta de educação, a professora se  viu obrigada a pedi a colaboração dos alunos para fazer silencio e respeitar minha presença, isso mim deixou um pouco desconfortavél, e até com medo, pois não sei qual é a imagem que eles tem de mim. Bem ou mal a aula prosseguiu e com um silêncio considerável, o que chama minha  atenção é que aqueles poucos alunos que comparecem todos os dias a aula, tem uma grande variação de interesse, um dia eles estão afim, de ter aula e outros nem um pouco...
A aula prossegue e o cólegio já está vazio, é um dia de sexta feira e como já foi dito, é quase dia facultativo, uma aluna de outra série que espera uma colega dessa sala que observo, chega na sala de aula e pergunta para a professora:
-  Professora, porque tu não vai embora, só tem tu aqui dando aula, todo mundo já foi!

A professora com toda calma e discernimento do mundo responde com muita paciência:

- Eu acho graça de vocês alunos, são os únicos clientes que não se preocupam com o produto que vocês recebem, tanto faz se tem aula ou não, vocês acham que por estar aqui não pagam por esse serviço? o governo mim paga para que eu der 5 horas de aula noite, e eu não acho justo ganhar o dinheiro sem fazer minha parte.

E a partir de então essa mulher ganhou o meu respeito e minha admiração, fui pra casa pensando se tivéssemos 50% de professores com um senso de responsabilidade como a dela o Brasil estaria em condições bem melhores...


Como diz Alisson, sonho com um dia em que eu possa ver mudanças na educação....



quinta-feira, 27 de maio de 2010

A REVISÃO

           No dia 28 de abril, a professora titular estava impossibilitada de vir para a escola dar sua aula, pois se encontrava doente. Diante deste fato vi as crianças já felizes pela falta da professora, mas enquanto futuro educador, em formação, não poderia deixar aqueles estudantes mesmo que alegres por não terem a professora presente sem aula. Era um dever social, na minha visão, oferecer para eles um encontro com o conhecimento e mostrá-los o caminho a seguir.
Então, conversei com meu colega, também estagiário, para utilizar daquela deixa da professora para podermos revisar os assuntos dados por ela nas aulas anteriores. Juntos, eu e o colega fomos para a secretária e pedimos permissão para assumir a turma. Aceita pela direção tal atitude, o porteiro convocou os alunos para entrar e irem para sua respectiva sala. Ao chegarem lá me viram na figura do professor, e o meu colega que por motivos pessoais preferiu não tomar a mesma postura que a minha, continuando como estagiário de observação.
Iniciei a aula dizendo para aqueles estudantes que o andamento da minha aula só seria possível com o silêncio, junto à colaboração deles no momento em que eu solicitasse. Pode parecer uma postura muito rígida da minha parte, mas notei que para assumir uma sala tão desordeira como aquela, eu necessitava de uma metodologia inflexível aos caprichos daquelas crianças. Mantive esta postura ao longo daquela aula e observei que um pouco de punho para tratar aqueles “aprendizes” era o que faltava a professora, um diálogo que os intimide, e os mostre “quem manda” são medidas que falta a professora.
Pode parecer prepotência de minha parte tentar alfinetar ou até mesmo mostrar o caminho certo a ser seguido pela professora, mas que fique bem claro que este meu relato serve como sugestão e não como “verdade universal”. E ainda pude constatar que a revisão feita por mim e pelo colega que ao final decidiu contribuir com a sua presença tirando as dúvidas restantes de alguns grupos, foi mais bem sucedida que a feita pela professora, tendo em vista que na outra semana a nossa turma apresentou um melhor domínio do conteúdo quando comparado ao feito pela professora titular na semana anterior a nossa.
Conversando com o colega entramos em um consenso, no qual via a postura da professora como incoerente e que era necessário a mudança desta. A docente segundo o que conversamos necessita primeiro intimidar aqueles alunos mostrando hierarquia na sala, para que depois se possa pensar em instigar aqueles estudantes na busca do conhecimento, viabilizando se possível o seu poder crítico.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

EDUCAÇÃO?

Ainda sonho com o dia em que a educação virá a tona como a mudança real. Mudança de conceitos e percepções que mantem esse sistema educacional degradado. Custo a acreditar em um sistema educacional sem cura, que se consolida a cada dia diante da PASSIVIDADE dos seus dirigentes ou mesmo dos seus mediadores, que deveriam ser mediadores de conhecimento. Os quais exercem papel fundamental na consolidação de um sentimento de mudança nessas crianças que entram na escola com o intuito de aprender. Mas hoje me afirmam: "Aprender para que? elas não querem, são indiferentes às ações dos professores, se eles não querem não vou me acabar." (OBS. esse não é dialogo da professora que observo, é de estudantes graduandos em licenciatura da UEFS e de outras instituições.)


" para que vou dar tanta importância às disciplinas de educação, estou aqui com outro intuito [...] se quisesse ser professor ficava em minha cidade e fazia letras..."
Nós estamos sendo formados, professores, querendo ou não. Me pergunto, qual a chance dessas crianças, ou pessoas em geral, de conhecerem um profissional empenhado em mudar o sistema educacional atual, sendo que esses não querem sequer serem professores ou mesmo causar uma mudança dentro de si?
Retornando ao meu estagio, mais um capitulo: No meu terceiro dia de estágio, não houve estágio de observação, o que houve foi, no intuito de não causar perdas aos estudantes, ministrar uma revisão já que a professora, por motivos de saúde, havia faltado à aula. Nesse dia foi possível perceber o que é possível fazer para conquistar a admiração e não o desprezo dos estudantes. Enquanto assumi uma postura descontraída, o meu amigo baseado em Maquiavel preferiu ser temido que amado. Em contra partida, na minha concepção, a minha postura me proporcionaria conhecer um pouco mais das realidades de cada um ali presente, e deu certo.
Em meu pensamento referente à educação, não costumo, como uma grande parte de estudantes que me relaciono, não penso a pedagogia como algo que não posso por em prática. Penso que deve haver, sim, uma adequação do mediador, ou professor, em relação ao tempo e lugar que os edtudantes pertencem.
Assim, nessa aula ministrada podemos perceber algumas fragilidades do nosso sistema educacional, mas tambem pude ver que o que falta às crianças é insentivo e mobilidade por parte dos professores. Ao invés de tentar dar a eles assuntos prontos, deveriamos estimula-los a associarem os conteúdos com sua realidade. Você pode me questionar: Mas como trazer para a realidade atual fatos que ocorreram em tempos tão distantes se não pela leitura macissa de material? como causar interesse por parte desses estudantes?
Conversando com alguns estudantes daquela sala de 5ª serie, lembrei-me de que um dia fui criança. Lembrei-me que até os dias de hoje sou fanático por desenho animado e jogos. Por que não utilizar desses mecanismos para auxiliar a fazer um paralelo entre os conteudos e a realidade? Atualmente ha uma enorme esfera de jogos que remontam o cenário medieval e que esses estudantes ja estão abituados. "Minha gente, acorda o mundo evolui e vocês ficam parados meu irmão!"
Acredito que é cabivel, expor aqui o meu descontentamento com a postura de pessoas, ligadas a mim, que assumem uma postura ilicita diante da educação. Pensam a educação apenas como meio para ganhar dinheiro, obviamente não serei hipocrita a ponto de dizer que não penso em crescer economicamente, mas penso que posso fazer isso atraves de meios licitos e que possam trazer vantagem para mim a para os estudantes.
Em minha descrensça diante de alguns futuros professores, recompuz minha esperança após assistir um filme, A escola da vida, e diante de uma conversa com alguns estudantes da escola que Observo. Percebi que eles acreditam em mim, me pedem ( depois da aula que ministramos) para que de aula, me veem com respeito e admiração. Alem disso em uma conversa com um dos "bagunceiro", foi perceptivel sua vontade de aprender e a sua insatisfação diante das abordagens do professor estagiario.
Perdoem-me caros, no lugar da professora entrou para lecionar um estagiário da UEFS, o qual diria, detem um metodo que não condiz com a realidade. Apesar de tentar modificar aquele padrao de sala de aula expondo video tapes, trazendo musica para sala, este assume uma postura que, pelo menos a mim, é frustrante.
Para finalizar a minha postagem, digo que a responsabilidade é de todos e antes de fazer uma critica a qualquer metodo aqui criticado, ou mesmo a qualquer professor, repensei minhas atitudes e meus metodos. A conclusão que cheguei é que não há conclusão. Quero mudar isso e estou conseguindo, pelo menos o meio em que estou envolvido. O que os outros estão fazendo, eu não sei, só sei que eu faço mais do que penso.




E como um CHAVÃO: EDUCAÇÃO É PROBLEMA DE TODOS!

terça-feira, 25 de maio de 2010

Dia de avaliação

O mau comportamento dos alunos de sétima série da turma que observo é comum até em dia de atividade avaliativa. O professor, ao chegar na sala, levou ao menos dez minutos para conseguir arrumar as carteiras e colocar todos os alunos organizados e dentro da mesma. 
 
Alunos dentro da sala e mais um desafio para o professor: conseguir silêncio. O professor bem que tentou, mas os alunos não se controlavam, gritando e fazendo piadas e brincadeiras a todo instante.  Antes de começar a prova, o professor sorteou seis alunos para que escolhessem colegas e fizessem a atividade em dupla. Mais gritaria na sala. Aproveitando a confusão, dois alunos não sorteados se juntaram na tentativa de também fazer a prova em dupla. O que não deu certo, os próprios colegas os delataram e isso gerou mais gritaria e risadas.

Em menos de 15 minutos metade da turma já havia entregue a prova. Detalhe: a maioria deixou as questões discursivas sem responder. Em menos de uma hora toda a turma já havia terminado de responder a prova. Uma turma de aproximadamente 40 alunos, diga-se de passagem.

Os alunos não sabiam interpretar a prova e nem sabiam o significado de algumas palavras. A carência em língua portuguesa acaba condenando o bom resultado em outras disciplinas, principalmente em disciplinas como história que exigem boa interpretação para saber responder as avaliações.  É interessante dizer que mesmo não sabendo responder a prova, os alunos não se importavam com isso.  Isso era mais um motivo de graça pra eles. O mau resultado da maioria dos alunos na avaliação é evidente.Agora é só esperar pelas notas.


sexta-feira, 21 de maio de 2010

Resultado das provas!

Por causa de informações trocadas não pude estar no dia da avaliação, a professora me disse que eu perdi um show, a sala de aula estava cheia, bem como eu pretendia ver um dia, durante esse estágio .  Juro que o meu maior sonho é  poder ver esses alunos fantasminhas!
Parando de brincadeira e começando o assunto que é grave, vamos aos resultados de duas turmas que fizeram a mesma avaliação.
Tomando como base que a media do colégio é 5.0 e a avaliação teve peso 10.0 um único aluno obteve nota suficiente para conseguir  ficar na média, diante do resultado a professora fez uma nova avaliação para nivelar as notas. E vocês acham que isso foi suficiente? Não! não mesmo, com duas avaliações o professor não conseguiu obter o resultado desejado para a unidade.
Você acha isso absurdo?
Você acredita que a professora facilitou a a vida dos alunos por pena?
quando acaba as aulas sempre passo um tempo conversando com ela, discutindo assuntos relacionados com as atividades escolares e  em uma dessas conversas me  disse que existem alunos naquela sala que há mais de cinco anos frequentam aquela instituição e na mesma série, não comparecem as aulas com frequência, não estudam para obter conhecimento e nem desistem do meio escolar!

Que tipo de estudantes são esse que mantemos nas " salas de aula"?
Esses tipos de pessoas tem o que para oferecer a sociedade?
E o que a sociedade e principalmente os governantes fazem com jovens que não se manifestam para o estudo?

infelizmente ao meu ver as respostas são todas negativas ...

quarta-feira, 19 de maio de 2010

MEMÓRIAS EDUCACIONAIS DE UM BENEVIDES (CAPITULO 2)

(Lá vamos nós de novo...)

   Continuada a aula de medieval (repito a ressaltar, em colégio público a origem epistemológica de "medieval" é "medo", gente não deixem passar isso em branco); a professora vem sempre com um caderninho escrito todo o planejamento da aula (desconfio que seja uma edição de bolso do "livro dos mortos"[Egito]), a Pró começa a aula explicando a decadência da Europa medieval (olha o medo de novo), até que o primeiro (in)feliz aluno começa a pirraça na sala (já estou ficando irritado... - Cala a boca níguim!!!), a professora comenta - fulano você quer me fazer o favor de ficar quieto, e a aula flui a pró usa o livro didático somente como base para estudo dos exercícios (que por sinal "um milagre", são feitos e tiradas as duvidas em sala de aula) e na hora de fazer seu apontamento (no quadro não com o dedo) a mesma usa seu caderno com escritos (hieróglifos) para passar o assunto (sério a aula dela é boa, a letra também) retomando o assunto............................................................(TRIMM!!!)
  (ENTER, ESPAÇO) Devolução de trabalho escrito (típico de alunos entregar meia banda de folha de folha de caderno...com os restos da folha onde segura o arame do caderno lá sem rancá.) - Fessora !!! eu tirei quanto?; após esta indagação ("pergunta", para leigos e burros) a professora responde - aguarde que já vou entregar. (começou a briga por nota na sala...êba !!!!!!). Entonçes; uns começam a pegar as avaliações (as de fôia de caderno) dos colegas e o panavueiro reina na sala (Eu, em minha inocência pensei logo, chama a policia militar pró!), logo o conflito foi abafado, três alunos foram postos para fora da sala (ultima aula foi um só) e novamente a coordenação (ovelhas negras) veio investigar (C.S.I. Las Vegas) a ocorrência, sem duvida que a professora explicou o fato e os santíssimos alunos foram canonizados na diretoria (vio miseraví, sóbre agora), tudo resolvido alguns alunos ficaram chateados por terem tirado 0,75 numa avaliação que tinha por peso (pesado) 3,0 pontos, já outros, aparentam serem os mais esforçados da sala galgaram 2,0 pontos (PARABÉNS, PARABÉNS, HOJE É SEU DIA, QUE DIA MAIS FELIZ PARAB...).
  Ao termino da aula os alunos mais espertos (corruptos, não votem neles para senadores!) tentaram ludibriar ("fazer um bobe" para baianos) a professora, entretanto não conseguiram (não fizeram o trabalho agora querem pegar o do coleguinha, qué çê o peixe espada). acabou a aula.

(Mas não a conversa) Fiquei lembrando das aulas não filadas de P.A ("progressão aritmética", para alunos filões e doentes de amnésia), se na primeira aula foi posto um aluno para fora e na segunda três alunos é provável que na outra serão cinco...

Fico preocupado pois se a turma acabar não vou completar as trinta horas e passar de semestre!!!

fim.

terça-feira, 18 de maio de 2010

História ou piada?

Nos dias que observamos uma sala de ensino fundamental, 7ª série, notamos que o profissional de ensino responsável pela turma não se apegou a nenhum tipo de metodologia padrão, porém foi feito o uso do modelo expositivo na aplicação de exercícios.


A aula foi apresentada de forma descontraída, concordamos, porém, a fuga de atenção dos alunos e até mesmo do professor, chegou a incomodar. Através de brincadeiras esdrúxulas, houve interferência no rendimento de aprendizagem dos alunos, assim como a confusão e inversão de papeis de autoridade dentro de tal ambiente, gerando insultos e até mesmo agressões físicas entre docente e discente (custa acreditar, não é?), como já foi exposto em outro relato.

Voltando à questão dos exercícios, constatamos que as questões não estimulavam os alunos a uma interpretação, buscando somente uma cópia de parágrafos contidos em textos do livro didático. Da mesma forma, assim era a correção dos mesmos, respostas utilizando citações do livro, fazendo assim que não existisse nenhum tipo de debate para o fixamento do conteúdo. Ora, como pode haver aprendizagem se não há interação? E ainda mais, os alunos que não corrigiram o exercício em sala de aula, não tiveram direito de realizar a avaliação, sendo penalizados com a anulação da nota e obrigados a se retirarem da sala. Vale ressaltar que tudo isso foi posto em prática sem aviso prévio, os alunos não tinham noção de que poderiam se prejudicar na avaliação, caso não fizessem a correção de um exercício que se referia a outro assunto.

Em se tratando de método avaliativo escrito, as provas eram realizadas de forma espantosa, o professor ditava as quatro questões (sem ceder direito de tempo para que os alunos as copiassem) que seriam respondidas de forma imediata (assim que a pergunta fosse lançada, os alunos teriam que respondê-la naquele minuto, pois poderiam perder a próxima questão a ser ditada) e objetiva (escolha entre a, b ou c) pelos alunos num pequeno pedaço de papel. Havia também uma série de regras para tais respostas, sendo uma das imposições, a punição com retirada de pontos caso o aluno deixasse uma linha em branco entre as respostas. Se referindo às questões, bom, essas eram, no mínimo, ridículas, pois apresentavam alternativas infundadas e até mesmo inexistentes, como por exemplo, numa questão de Brasil Império sobre núcleos de administração municipal, surge a absurda alternativa: Letra C – França Antártica (Oi? Heim? Como?). No termino da palhaçada, (ops!) digo, avaliação (tempo de duração: 10 minutos), o professor realiza a correção e a entrega no mesmo momento, sem direito à reivindicação dos alunos, gerando grande balburdia entre os mesmos que entram em clima de competição ao compararem as notas. Agora imagine, comparar notas? Como seria possível? É esperado que todos atinjam a nota máxima e sejam aprovados mediante as obviedades das tais questões, não é? Mas, acredite, existem alunos que ainda erram muito e tiram notas baixíssimas. (Parece piada, mas é sério, muito sério.)

Com isso acabamos esse relato, mas não achem que essa História tragicômica acaba por aqui...

domingo, 16 de maio de 2010

Sem ter o que dizer!

A demora para postar meus comentários não foi a toa! Estou estagiando numa sala de 7° e 8° série, com alunos que devem ter em média 17 anos, quer dizer eu acho, tiro essas conclusões sem ter visto ao menos metade da turma! pois é .... nas aulas que eu conseguir observar o que era pra ser uma turma com mais ou menos 35 alunos, só pude ter o prazer de conhecer 10 alunos no máximo!
Acredito que seja por causa dos dias das aulas.... sexta-feira nos últimos horários e segunda nos primeiros horários( na sexta-feira o final de semana já começou e na segunda o final de semana ainda não terminou)_ fazendo uso de ironia é claro.
Na verdade a intenção desse estágio e mais ainda desses comentários são de analisar a postura do professor, bem como as metodologias empregadas e o relacionamento do professor X alunos.
Bem o que eu vi naquela sala de aula deixa qualquer cidadão preocupado com o futuro do Brasil no mínimo temeroso, tenho que admitir que a professora é o tipo de pessoa que não desperta interesse no aluno, muito calma, voz branda sem muito entusiasmo faz que a HISTÓRIA seja apenas mais uma disciplina que serve pra decorar e pra mais nada! Pois é, em contra partida os alunos fazem da professora um nada, exagero meu? Não, ali naquela escola não se respeita os colegas, os professores muito menos a instituição. A principal preocupação de todos é que o tempo passe o mais rápido que puder e que a aula termine o quanto antes !

Primeiro dia de aula foi revisão para uma prova, e vocês acham que eles estavam interessados em tirar dúvidas ou prestar atenção na aula?! não mesmo, as meninas conversando entre si, os meninos se batendo, xingando um ao outro de forma que a professora teve que pedir silêncio e ao menos que pudessem respeitar a minha presença, pois eu era uma universitária que estava alí para observar a turma e que certamente eu tomaria nota de tanta indisciplina!

Falar em indisciplina, mim lembrei agora que quando eu procurei a escola para saber da possibilidade de um estágio pedir que o direitor pudesse mim colocar na sala  mais indisciplinada , sabe o que ele mim respondeu? Não minha filha, aqui á noite as turmas são tranquilas diurno que é o problema!
Aí depois do primeiro dia de estágio eu  mim pergunto o que é um problema na educação escolar?
será que são alunos indisciplinados?
ou será uma turma que não comparece as aulas ou quando aparece não se prontificam a estudar?


sexta-feira, 14 de maio de 2010

2º Dia de observação

Quarta-feira 28 de abril de 2010 segundo dia de observação cheguei à sala acompanhada com o professor, ocorreram as mesmas piadinhas antes da aula começar até que o professor conseguiu dominar a turma, não gritando mas falando baixinho para que assim os alunos se calassem para poder ouvi-lo. Esse método nem sempre funciona, pois dependerá muito da postura do professor e dos alunos, nesse caso funcionou porque o professo apesar ser extrovertido, mantém uma postura de seriedade enquanto aplica o conteúdo, separando momentos de brincar e momentos de falar sério.


Nesse dia houve a correção da atividade realizada na última aula e pude observar durante a correção que poucos alunos responderam o exercício em casa, passando a responder na sala de aula com base na resposta do professor, ao invés de desenvolverem suas próprias respostas, de forma que se fez uma leitura em coral, repetindo exatamente o que o professor ditou. Isso prova que não há uma preocupação em desenvolver o raciocínio do aluno, de debater o que foi estudado, de que forma, como, porque, quais os pressupostos daquele acontecimento, de interpretar o que está escrito. É devido a esse déficit que os estudantes ingressam na faculdade com sérios problemas de leitura, sem saber interpretar o que está escrito.

Após a correção da atividade, o professor organiza a sala para a realização da 3ª avaliação da primeira unidade. Confesso que nunca tinha visto esse modelo de avaliação, onde os alunos respondem quatro questões objetivas, em meia folha destacada de seu próprio caderno. O professor ditava a questão e os alunos apenas marcavam as alternativas A, B, ou C. Logo em seguida, a avaliação foi recolhida pelos alunos que estavam sentados na primeira cadeira de cada fileira, sendo entregue ao professor que posteriormente divulgou o resultado. Este foi o que posso chamar de “teste relâmpago”, aplicado em tempo recorde, pois assim facilita muito a vida do professor, que não necessitou levar as provas para serem corrigidas em casa. Após o alvorosso e comentários sobre a avaliação, o professor passou mais uma atividade para ser respondida em casa e corrigida na próxima aula, pois o professor utiliza-se do método de só explicar o conteúdo durante a correção do exercício.

terça-feira, 11 de maio de 2010

Tudo se resolve com uma boa conversa...

Diálogos entre professor ( destaque em vermelho) de rede estadual e alunos ( verde, os meninos e lilás, as meninas) da sétima série, ensino fundamental.






Na aplicação do teste:

- Eu to ficando velho e não besta.

- Tá véiu mermo!

- Velho, é? Não foi isso que você me disse ontem à noite na hora daquela agonia.



Aplicação de exercício:

- Sua feia!

- Você não tem espelho em casa, não?

- Tenho. Quando você vai na minha casa eu tenho até que esconder pra não quebrar.
- Fecha a cara que eu nunca fui na sua casa! Pior é tua cara que se eu ver eu não durmo de noite.

- Não dorme, não? Isso foi um convite?



Aplicação de exercício:

- Que garrancho é esse, professor?  ( Referindo-se às letras do exercício proposto pelo professor na sala de aula.)

- É garrancho, é? Você já sabe, né?

- Tô falando da letra, professor!



Explicação de um fato histórico:

- O Brasil não se desenvolveu por causa da preguiça.
- No Brasil só tem vagabundo mesmo.

- Não to falando do seu pai.  (em seguida segura o aluno pelo pescoço com as duas mãos e o sacoleja)

- Por que você me enforcou?  (Logo após ser agredido pelo professor.)

- Não te enforquei, eu só tava tentando matar uma barata que tava na minha frente.



Na correção do exercício:

- O professor é que nem um trator. (Gritando pra turma.)

- Por quê?

- Tem a roda grande.

- Tem o pino grande também, você quer ver?

- Eu não, esse pino véi muxu.



Ainda na correção do exercício, após uma série de brincadeiras de muito mau gosto, ouvimos:

- Vixi, to boiando na aula.

- Você nem sobe e nem desce, merda só fica boiando mesmo.



Antecedendo a avaliação:

- Sente, vá! Dá pra você colocar seu patrimônio no patrimônio da escola?

- Vou é colocar seu patrimônio no meu.



No fim da aula:

- Aqui na sala só tem jegue.

- Como você sabe? Já namorou com algum, foi?






E pra finalizar a semana, nos corredores, ouvimos as seguintes palavras:

- Ó pra cabeça do professor... ( Passando a mão na cabeça do professor.)

- Tá gostando, né? Vou te dar outra cabeça pra você alisar.



Dentre outras “pérolas” ditas dentro e fora da sala de aula, mas ainda no ambiente escolar, como:

“Se eu olho pra tua cara, não vejo uma rosa, vejo um cravo num difunto!”


“Eu quero é que você morra e que a notícia corra!”


“Preto só tem juízo até meio-dia, e você nem até isso.”


“Além de nascer preto ainda é uma bicha louca!”


“Sua cara da fome!”








Difícil acreditar, não?

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Ao menos um bom exemplo : D

Bom, pelo visto sou a única até agora que vivenciou uma boa experiência. Já estou familiarizada com o colégio, pois estudei lá três anos. É um lugar que possui uma boa estrutura física, dificilmente faltam carteiras (o que é um bom sinal, a se tratar de escolas públicas), no corpo docente, os professores de história que me ensinaram sempre deixaram a desejar com aulas monótonas e chatas, tanto que ao falar com a professora (com quem acompanho as aulas) que fui aluna da casa e desses professores ela me disse: “E você ainda quis fazer história? Deve gostar muito mesmo".
Estou acompanhando uma turma de 3° ano e no primeiro dia os alunos estavam apresentando seminários que, em geral, foram bons. O que me surpreendeu foi a professora, principalmente devido as minhas experiências, que ao término das apresentações analisava aluno por aluno (o que faltou falar, a entonação da voz, o cartaz, os destaques do grupo), fazia a distribuição de notas de acordo com o desempenho de cada um, além de dar dicas para uma melhor apresentação.
Portanto, o que pude concluir neste primeiro dia foi que ainda existem professores bons na rede pública e que ainda podemos conseguir o respeito e a organização para que possamos ministrar aulas com eficiência contribuindo para uma melhor educação.

Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina.
Cora Coralina

MEMÓRIAS EDUCACIONAIS DE UM BENEVIDES (CAPITULO 1)

    Pessoal este foi o meu primeiro dia de estágio...expectativa, todo mundo no horário (menos eu; tive meus motivos) cheguei na porta da sala um aluno já sendo expulso (pensei logo...essa professora é das minhas) me apresentei, e ela (a PRÓ) veio falar comigo. Muito atenta, dando sua aula, até que (pã...pã...pã...pã) um aluno começou a perturbar, disse - Fessora eu num troçe meu livro naum (tenho absoluta certeza que ele fez de propósito). A professora controlando seu ímpeto pediu que o mesmo ao menos prestasse atenção no assunto (o que pra ele era quase impossível), daí toda vez que o assunto era retomado (História Medieval...acho que ganhou este nome por culpa do medo...) vinha essa criatura atrapalhar o processo... a coitada estava tentando escrever os tópicos da aula (de novo a mão do aluno coçou...). O aluno começou a brincar de bater nos coleguinhas, que sem pensar duas vezes devolverão os tapas.
   Agora com a paciência esgotada a professora (isso mesmo pró acaba com ele!) disse - Saia de minha sala agora. o aluno (com a cara mais sinica do mundo) saiu e foi mentir por aí...(momentos depois, com a maior carinha de anjo) chega o aluno com a coordenadora e outro professor (só faltou falar - Pró estou armado com uma coordenadora e não tenho medo de usá-la); antes que a coordenação pudesse garantir os direitos do pobre aluno (ohhhh tadinho!) a professora explicou (defendá-se pró) - Ele simplesmente não trouxe o livro e quer tomar conta da sala... Não vou permitir que ele fique aqui enquanto um responsável dele não vir conversar comigo, e digo mais ele só assiste aula quando a mãe dele vir aqui (eu pensei... se você for órfão dê adeus a colégio!). 
   (A beira de seu precipício) o aluno ficou sem palavras, o professor (que entrou de gaiato na conversa) diz - Rapaz você disse que saiu da sala porque não tinha caneta, e eu saí correndo para te emprestar a minha. (ele não foi gaiato... está vendo, você pensando mal do bom professor, ele em sua inocência foi ajudar o aluno!). Este aluno não contava com o 3x1 que se formou. quando a emoção da professora já estava para vir a tona (o pior aconteceu) tocou a sirene e a aula acabou....(que chato, estava tão emocionante!).
   (Calma foi só pra contrariar... a aula não acabou) após tudo resolvido (Ufa!) a aula seguiu, os tópicos continuaram a serem apresentados e os alunos todos em silencio (quem via achava que eram "cururus"...os olhos dos alunos, só o pânico de ser o próximo da lista!), a paz reinou na sala e (VITORIOSA!) a professora conseguiu ministrar o assunto (que, por sinal, gostei muito da aula dela), este, bem trabalhado, não só com o livro, a professora prepara seus apontamentos e tópicos em um caderno (sinal que prepara aula em casa) e vem com as explicações e solucionando duvidas dos alunos.

(pessoal a aula dela é boa só que tem uns 7 alunos que deveriam estar em casa...um vai atentando o outro e vira uma bola de neve, a aula começa calma, a professora tem controle de si própria e da sala, massssssssss....)  


Blog interessante

Galera,
O professor Iron de Psicologia entrou no nosso blog e gostou muito. Pediu pra gente dar uma olhada no dele.    http://www.memoriadetrabalho.blogspot.com/   Disse que tem uns vídeos legais que podem nos interessar. Abraço, José Augusto.

domingo, 9 de maio de 2010

07-05-10... Um dia emocionante!!


  Emoção e comoção palavras que definem bem o que eu senti nessa sexta feira.
  Tive a minha primeira oportunidade a frente de uma sala de aula, mas não a ministrei, apenas apliquei uma prova, atitude pequena que para mim já foi o suficiente para despertar sentimentos tão nobres.
  Foi estranho, mas percebi que aquelas crianças precisavam de mim, necessitavam da minha ajuda para compreender não só a minha matéria, mas a vida, visto que o papel da educação (da pedagogia) é prepara-las não só academicamente, mas moralmente. Pude perceber nos seus olhos quem são as verdadeiras vitimas do descaso educacional.
  Me senti impotente, insegura diante delas, as suas perguntas eram complicadas de responder, como vou dizer para um aluno o que fazer numa questão que tem como princípio caracterizar algo, se eles não sabem o que é ler e interpretar? Se isso não faz parte do cotidiano deles? Eles não são educados para pensar, apenas para reproduzir aquilo que já está no livro, o que já lhe dão pronto!
  Ao mesmo tempo que senti essa insegurança, pude perceber a questão da hierarquia da relação professor-aluno, assim soube que tinha domínio sobre eles, e o que eu lhes dissesse seria absorvido, claro que nem por todos, mas sempre há aqueles que lhe dão vontade de seguir em frente, no meu caso, me deram vontade de melhorar para que assim eu possa ajuda-los a compreender questões, que ao meu ver são fáceis, mas que para eles são muito difíceis.
  Caramba, me senti no domínio (digamos assim), quando chamavam: "pró, faça o favor!", ou então, "professora, tá muito difícil, dá uma dica, só uma para ajudar a gente, por favor!"... Sei que esse sentimento é perigoso, mas tenho tomado, dia após dia, ciência do meu papel de educadora, porque educadora é o que serei, e não apenas mera transmissora de informações.
  Talvez seja utopia minha, podem dizer: "Quando você cair de fato na realidade irá mudar de opinião!"; ou então "Ah, isso é porque ela ainda tá na faculdade, e para quem olha de fora tudo é bonitinho, quero ver quando ela tiver que encarar a realidade de frente, o que ela vai fazer, se vai continuar com essas ilusões!".
  Sei que a coisa não é fácil, que não ganhamos bem. Mas já  nos formamos licenciados sabendo de tudo isso, somos avisados todos os dias que o trabalho de docente é complicado, é desmerecido, sabemos de tudo isso e as crianças não tem culpa de nada, não podemos descontar nelas, fazê-las pagar por algo que não lhes pertence.
  O que temos que fazer é reclamar, lutar pelos nossos direitos, por melhores condições, melhores salários e tudo mais. Mas, o que não podemos nunca é deixar de cumprir nosso papel, ou fazê-lo mediocrimente. Se eu não o faço, ou se o que eu faço não condiz com o que é meu dever de fato, como posso reclamar? Se eu aceitar as imposições do "sistema", se me "moldar" à sua vontade, não tenho direito algum de reclamar, visto que se faço o que eles mandam, devo aceitar o que eles pagam.
 Como reclamar por melhores salários se eu não dou aula, ou se a faço de forma insignificante?
 Como diz meu caro amigo Alisson Nogueira, quando falo em mudar o mundo, me refiro ao meu mundo, às pessoas que estão a minha volta. Se eu conseguir que um, apenas um, me dê valor, o meu trabalho já valeu a pena, porque esse um será trasmissor para mais e mais pessoas, é um ciclo!!

sábado, 8 de maio de 2010

Vídeo Sobre Indisciplina Escolar

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Isso é comportamento de educador?

Quando entrei naquele colégio a fim de pedir autorização à diretora e ao professor para fazer estágio de observação na sala de aula, fiquei chocada com a estrutura do colégio. Trata-se de um colégio público. Internamente, as salas são isoladas por grades e portões que nos dão a sensação de que é um presídio. Mas, isso foi apenas um choque inicial que atingiu novas proporções no dia 28/04/2010 quando, finalmente, cheguei na sala de aula para assistir a aula do professor, da disciplina de História, que eu iria observar, numa turma de 7ª série. Entrei na sala de aula junto com o professor, e imediatamente à chegada deste houve uma tremenda algazarra na sala. Com certa dificuldade, o professor conseguiu controlar os alunos. Faltavam mesas e alguns alunos estavam sentados desconfortavelmente em cadeiras com os livros sobre o colo.


Mas o que mais me chamou a atenção foi a o comportamento do professor perante os alunos. Por ser uma turma de 7ª série, tratam-se alunos com uma faixa etária média de 12 anos de idade. O professor começou a dizer coisas que ao mesmo tempo em que provocava risos por parte dos alunos, me causava horror. A linguagem vulgar utilizada pelo professor é típico de ambiente de entretenimento como bares e clubes, dessa forma o docente perde sua credibilidade, respeito e a autoridade com os alunos dificultando assim as relações interpessoais e comprometendo o aprendizado. Enquanto dava aulas, chamava os alunos de, entre outros nomes, “preto burro”, “feia” e expressões como: "Além de preto é viado ",etc. Embora a fala do professor, ao falar tais barbaridades assumisse um tom descontraído de modo a provocar risos em toda a sala, tal comportamento e tal linguagem, denotam racismo, preconceito e homofobia. Atitudes inaceitáveis para um educador, que possui a difícil missão de formar cidadãos conscientes dos seus direitos e deveres na sociedade, uma vez que o sentido da educação é reproduzir comportamentos, valores e atitudes. Quando o professor utiliza esses termos pejorativos com tanta naturalidade os alunos se sentirão no direito de tratar as demais pessoas da mesma forma inclusive o próprio professor.







"Educai as crianças, para que não seja necessário punir os adultos." (Pitágoras)

Será que a educação vale o nosso imposto?

No meu primeiro dia de estágio de observação cheguei na sala a ser observada com um olhar sério e uma postura  igual para que os alunos de 5ª série (6º ANO), não tomassem uma certa ousadia típica de crianças inquietas. Eu entrei neste ambiente na companhia da professora e do meu colega também estagiário. Nossa chegada provocou conversas paralelas entre aquelas crianças o que aumentou a inquietação deles. Podíamos ouvir baixas tonalidades de vozes, dizendo: "Quem são eles?", "Quem é aquele cara grande?" e "Será que irão substituir a professora?".
Eu e o colega estagiário sentamos no fundo da sala e deixamos a docente nos apresentar. Ela esperou aquele alvoroço acabar para que viesse a nos apresentar para a turma como estagiários de observação, tal algazarra durou 10 minutos de sua aula. Feita a apresentação, o colega e eu nos mantivemos na mesma posição de observadores, e algumas atitudes dos alunos que mais pareciam "marginais" me chamou a atenção. Podia ouvir troca de palavrões, até mesmo pequenas brigas (murros e tapas), com o deslocamento constante dos alunos pela sala. Mas o mais interessante é que a regente continuava ministrando a sua aula, que por sinal era uma revisão para a avaliação do dia seguinte, sem dar importância para aquela baderna, só raras vezes falando: "GENTE!"; como se esse vocativo fosse resolver alguma coisa.
Analisei no olhar da professora nesta situação, uma frustração, e ao mesmo tempo uma face pedindo mais ou menos: "TOCA LOGO SIRENE, PARA QUE EU LIBERE ESSES DEMÔNIOS". Seria equívoco meu não notar que ela veio com uma aula programada, mas o que adianta programar algo se não há a certeza de concretizar nem que seja 50% daquilo programado. Esta professora me mostrou que ela já está conformada com o desinteresse, e a irresponsabilidade de seus alunos.
Então eu me vejo nas seguintes questões: Será que eu estou empregando bem os meus impostos ao quitá-los todos os anos, quando o estado me cobra? Será que o interesse deve vir só da parte dos alunos? E o professor qual é o seu papel no ensino público? Unicamente de receptor do dinheiro do estado?
E minhas dúvidas são: Onde será que o meu país irá parar com essa falta de compromisso? Será que eu me tornarei um professor igual a essa professora?



Leiam outros assuntos e os meus ensaios em: www.vsos.blogspot.com

Educação do faz de contas

Segunda feira, 26 de abril de 2010, meu primeiro dia de estágio observatório em uma escola pública estadual. Cheguei à escola por volta das 07h30minhs da manhã e tive que aguardar o professor que chegou atrasado, então nos dirigimos para a sala, notei que enquanto caminhávamos o professor fazia algumas piadinhas com alguns alunos, que estavam no pátio mesmo em horário de aula, do tipo "nossa como você é feia" e "oi cara da fome", mas os alunos revidavam dizendo " professor seu viado". A princípio fiquei abismada com a forma com que o professor e os alunos se relacionavam, digo isto porque fui e sou aluna, e em toda minha vida nunca tive esse tipo de relação tão desrespeitosa com professor. Mas o espanto maior foi ao chegar á sala, os alunos estavam em plena algazarra e nem se intimidaram com a presença do professor, muito pelo contrário, o próprio professor entrou na brincadeira correndo atrás de uns e de outros, dando tapinha na cabeça de um, repetindo o seu bordão "o mulher feia" para outro. Com isso lá se foram pelo menos dez minutos de aula, detalhe, na segunda só haveria uma aula de história, então se formos parar para analisar, o professor chegou atrasado e ainda perdeu tempo com brincadeirinhas impróprias.


Após a algazarra o professor expôs uma atividade escrita em um cartaz, o qual é exibido em todas as turmas da sétima série da escola, evitando assim que o exercício seja copiado no quadro várias vezes. Pois o mesmo ainda afirmou que estava ficando velho e não burro, para ter quer copiar o exercício mais de uma vez.

As questões são formuladas pelo professor e corrigidas com base no livro didático, as perguntas são tão fáceis que os alunos encontram as respostas prontas no livro. É uma pena, porque analisei o livro didático e pude perceber que as questões são bastante interessantes, formuladas de forma com que os alunos debatam e discorram sobre o assunto.

E outro fator que me chamou muito a atenção foi a estrutura física da sala de aula, os alunos não possuem cadeiras e carteiras suficientes para a turma toda, alguns têm que escrever com o caderno em seu colo, por não possuir carteira. De dois ventiladores só funcionam um, que é motivo de disputa entre os alunos, pois a sala é abafada e provoca muito desconforto.

É um absurdo que a educação brasileira ainda esteja tão precária, questiona-se da falta de interesse dos alunos, da má qualificação dos professos, mas não há um espaço adequado para a realização de uma aula. Como o aluno pode desenvolver um maior interesse pela escola se ao chegar nela encontrará um lugar inóspito para assistir aula, como o professor pode se empenhar em buscar novas qualificações se ao chegar à sala ele encontrará o desinteresse e a desmotivação do aluno.

Tudo isso gera certo comodismo, o professor não se preocupa em fazer o aluno aprender e o aluno não se interessa em estudar, resultado é esse modelo educacional brasileiro do faz de contas.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Sala de Aulas ou exclusão?

Em 03-05-10, foi a minha segunda maratona de observação escolar. Nesse dia a professora trabalhou com algumas questões escritas, do livro didático e estava avaliando quais foram os alunos, que conseguiram responder de maneira eficiente a atividade passada em classe.
Foram duas aulas com tentativas constantes, por parte da professora, de envolver os estudantes em torno da leitura do texto, que servia como base para resolução das questões. Não obtendo sucesso em sua empreitada, era claro a insatisfação daquela profissional acompanhada da intolerância dela, diante dos alunos. Muitos estudantes não tinha o hábito de leitura; tendo dificuldades em interpretar os textos. Recorrendo frequentemente a minha ajuda, para conseguir entender até mesmo as questões abordadas. Nessas condições, houve uma situação um tanto bizarra. E em minha opinião muito depreciativa para manter um bom andamento da aula proposta na classe. Foi promovido uma espécie de concentração da aula, por parte da professora na figura de cinco alunos. Sendo que a turma era composta de quarenta estudantes.
Tal comportamento profissional, nos levam a compreender a sala de aula, não mais como um mecanismo de inclusão social. E sim como uma forma quase que silenciosa de exclusão das pessoas. Como fosse pouco essa atitude, de marginalização dos estudantes, a professora simplesmente informou a seus alunos. Que iria aplicar uma prova na mesma semana, arfimando que os alunos ausentes por qual quer motivo de força maior estaria sumariamente reprovados.
Como entender tais atitudes profissionais? qual o significado de tanta intolerância no ato de lecionar? por que as salas de aulas estão sendo utilizadas como forma de exclusão e não mas de integração social? Esses são questionamentos, que os educadores devem entender numa perspectiva histórica. Para quem sabe, resolver parte dessas mazelas, existentes no presente do cotidiano escolar dos colégios da rede pública de ensino.

Relatar experiências

Pessoal,
Esse é o momento de começarmos a relatar as experiências do estágio. Vamos lá. Estou esperando. Abraços, José Augusto.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Realidade Educacional

O dia 26-04-10, foi o momento em que comecei a exercer, o estágio de observação em um determinado colégio da cidade de Feira de Santana (BA). De início era notável a dura realidade, esboçada no cotidiano dos alunos da rede pública de ensino. Por conta de uma estrutura escolar, um tanto defasada; o rendimento da turma foi considerado insatisfatório. E na maior parte do tempo pouco produtivo. As aulas por sua vez, eram baseadas na busca do questionamento pela professora, em relação aos estudantes acerca dos conteúdos abordados em sala, porém, os métodos empregados por ela não eram aplicados de maneira eficaz.
A professora por ter uma postura firme e exigente diante da sua turma, em algumas ocasiões da aula, passava claramente dos limites inerentes a um profissional da área de educação. Provocando um certo desconforto emocional nos estudantes, e comprometendo quais quer esperança de uma boa relação com os alunos.
Em meio ao comportamento autoritário e intolerante da professora;  poucos eram os estudantes que conseguiam ter concentração com as atividades exigidas por ela. Pois em um ambiente dominado pelo medo, torna-se praticamente impossível, aplicar técnicas de aprendizado que possam surtir efeitos em uma turma de crianças que não tem idade superior a 11 anos.
Essa foi a realidade difícil cuja a qual me deparei no meu primeiro momento como observador em uma sala de aula de estudantes pertencentes a 5° série do ensino público feirense. Por conta disso, cheguei a conclusão de que tal desordem educacional, não tem como protagonista. Somente um professor sem competência, ou um estudante indisciplinado. E sim toda uma estrutura escolar, carente de mudanças profundas em suas funções pedagógicas com a intenção de assegurar a qualidade do ensino público.

Desordem total

Dia: 26/04/2010. Segunda observação.
Meu segundo dia observando foi desastroso. Como a aula é depois do intervalo, ao entrar na sala pude perceber o que havia ocorrido no intervalo: guerra de biscoito, isso mesmo, os alunos haviam feito guera com a merenda escolar. A sala tava um caos, o chão só tinha bolacha, ao perceber isso, a professora elegeu três alunos e os colocou para varrerem a sala, feita essa tarefa, inicia-se mais uma rodada de sermão, que começa com uma liçao de moral, falando das pessoas que passam fome no mundo, que fariam de tudo para ter aquela comida que foi jogada fora (o que foi muito conveniente), passa pela ideia de que os meninos são indisciplinados, que nao respeitam ninguem (o que me espanta na hora que ela me coloca no meio da discussao e diz: "nem a visita de uma pessoa como essa voces respeitam, imaginem o que ela vai falar".), e chega ao ponto primordial quando ela afirma que odeia dar aula a crianças de 5ª serie porque eles não tem respeito com ninguem, que prefere dar aula ao ensino medio que tem mais noção do que é uma sala de aula e que a respeita (o que, ao meu ver foi muito inconveniente).
A tarefa do dia foi atividade avaliativa em grupo e de consulta, essa consistia em questoes a respeito do tema explicado, mas ao lado das perguntas havia a pagina que se encontrava a resposta no livro, mais uma vez pude perceber a falta de atividades que façam os alunos pensarem e discernirem o assunto.
Enquanto os alunos faziam o exercicio fui conversar com a porfessora, perguntei a respeito do ensino, das dificuldades e limitacoes deste. Ela me falou da falta de participaçao da familia no processo de aprendizagem do aluno, da falta de recursos disponiveis para a qualificacao da escola, das limitaçoes das crianças em aprender, visto que a sua historia de vida muitas vezes é complexa.
Perguntei a ela a respeito do muro que faltava na escola, isso me intrigou muito, visto que a mesma possui "vizinhos" nao muito amigaveis, dai ela me contou que no dia anterior, a escola tinha sido invadida por marginais da redondeza que tinham o intuito de pegar um certo aluno e mata-lo, ali mesmo dentro da instituiçao, dai eu perguntei se eles (os professores) nao foram reclamar com a prefeitura, mas ela me disse que nao adianta, pq a escola tá assim porque esta fazendo "obras" que nunca acabam.
Por fim nosso último dialogo, no qual eu digo: "professora, estamos correndo risco de vida por estar aqui?", ela me responde: "corremos risco de vida por estar em qualquer lugar, e esse aqui é só mais um deles, de igual periculosidade."

Ah, antes que eu me esqueça, os alunos estão pensando que eu sou do juizado de menores, e que estou ali para vigia-los e ver como eles se comportam, visto que eles tem muito medo de serem "detidos" por causa do comportamento inadequado dentro da escola.

Portanto lanço algumas perguntas: porque o ensino publico brasileiro esta assim? O que fazer para melhora-lo? Como "educar" estas crianças sem a participaçao familiar?
Reflitam e comentem as respostas.

Primeira impressão!

Dia: 09/04/2010. Minha primeira observação.
Como dizem, a primeira impressão é a que fica! E realmente, foi a que me marcou.
A princípio os alunos estranharam a minha presença, na realidade não entenderam o que eu fazia lá, visto que eu já sou bem grandinha para estar na 5ª série!
A profª inicia a aula com um belo sermão a respeito da desordem e do barulho na sala, só ai foram mais de vinte minutos perdidos. A atividade do dia foi a aplicação de atividade em grupo, a mesma consistia em um texto, do qual os alunos deviam tirar as respostas para o questionário, pude perceber que os alunos não são "treinados" para pensar, as respostas são "dadas de bandeja", e ainda assim o tempo perdido para a resolução da mesma foi extamente uma hora e vinte minutos.
O vocabulário utilizado por alunos de faixa etária de 11-13 anos é absurdo, são palavrões que não me atrevo a reproduzir, isso ocorre no diálogo entre colegas.
Na hora do intervalo, estava sentada próximo a janela, quando sou avisada de que jogaram uma pedra no intuito de que a mesma atravessasse a grade de proteçao, e talvez, acertasse em mim.
Pude observar que a escola não possui muros, mas isso são cenas para o próximo capítulo...

Início do Estágio - primeiro dia.

Minhas observações começaram no dia 12 de Abril de 2010,numa turma de 7ª série, mas seis dias antes, quando fui à procura da escola fazer o requerimento, poucos foram os funcionários que me deram atenção e entre esses poucos - pra minha sorte- o de maior autoridade na instituição, o diretor.Percebi que não seria uma boa opção, mas a vantagem  na distância dessa escola para o meu bairro foi determinante para a escolha.Chega então o primeiro dia...
Mesmo desconfiado fui para obrigação! Já ouvi o ditado " o homem é de momento" e foi essa conclusão que tive por ver que o mau humor volta e meia aparece, pois ao entrar na escola fui recebido com muita gentileza, desde o porteiro, passando pela secretaria até a sala de aula, realmente o primeiro momento não passou de uma análise precipitada. A receptividade dos alunos, expressou antes de tudo respeito, numa turma em que a faixa etária é diversificada, essa noção foi bem transmitida. O espaço é improvisado, pois ali é na verdade uma sala de computação e o pedido para a construção de uma nova sala ainda não foi  atendido.
Com a experiência do magistério me sentir familiarizado, e sabendo da realidade das escolas públicas desse pais, não me veio grandes surpresas quanto as metodologias, recursos, e tolerância, tendo a impressão que voltei ao tempo e que pouca coisa mudou.



2° dia - aplicação de avaliação

No segundo dia 06/04/2010, tinhamos duas aulas seguidas. E havia sido esse o dia marcado pela professora para a aplicação da avaliação. Ela dividiu a aula em dois momentos:

1° momento =>  Revisão - correção de atividade passada no dia anterior.
                           OBS.: Poucos fizeram, sala desordenada.
2° momento => Avaliação - Aplicação da avaliação.
                           OBS.: Estudantes com dificuldades de leitura, compreensão.

Neste dia pude observar que a escola tem toda uma estrutura organizada e que os professores devem obedecer a algumas regras. A professora doscente havia marcado com os estudantes a aplicação da prova mas, pelo que pude observar, havia deixado para mandar fazer as copias das mesmas, no dia da aplicação, o que causou certo transtorno para a direção, que chamou a atenção da professora.
Mas o ponto crucial nesse dia de avaliação foi o fato de haverem estudantes que não conseguiam ler direito, o que é uma grande dificuldade em uma disciplina que é "leitura". Assim, um questionamento me inquietou: Como um professor diante de tal dificuldade pode resolver o problema sem deixar que o nível de ensino caia?

terça-feira, 4 de maio de 2010

INíCIO - Primeiro dia

No dia 06/04/2010, dei inicio ao estágio de observação em uma escola que vai da 5ª série à 8ª. Bem, como um calouro, minhas espectativas eram muito grandes e sabia que de certa forma me frustraria ao ver que a realidade da escola pública aqui em Feira de Santana é bem pior do que a realidade de Cruz das Almas, que é onde estudei, também em escola pública.
Mas para minha surpresa, percebi que essa realidade não era tão distante assim.
Logo no inicio mantive uma postura rígida, pois não queria que os estudantes, os quais são 5ª série, me vissem como um "coleguinha" que eles podem fazer o que quizessem. Mas logo percebi que eles não fariam isso caso eu não deixasse.
Apesar de ser um estágio  de observação percebo que faz-se necessário um entrosamentos entre estagiário-estudante, para que dessa forma troquemos esperiencias e assim possa entender o cotidiano daqueles que um dia poderão estar em meu lugar.
Nesse dia a professora doscente, fez uma revisão para uma avaliação que aconteceria noutra aula. O conteúdo dado em sala de aula era referente à teoria da história, as questoes que envolvem a cientificidade historica e qual o papel do historiador. A professora aplicou um questionário a fim de responder as  possiveis duvidas dos estudantes.
Em analise nesta sala, pus-me a refletir sobre o papel da pesquisa na sala de aula. Isso devido ao fato da professora haver pedido aos estudantes que realizassem um trabalho de "pesquisa" e um deles ter feito uma cópia da internet, e para piorar a situação nem sabia o que contia na suposta "pesquisa" que ele havia feito.
Percebi assim, que o fato de apenas ter pedido o trabalho não faria com que os estudantes soubessem o que fazer, ela deveria orientálos em como fazer tal trabalho e qual seria o fundamento daquilo.
E assim foi o meu primeiro dia de estágio de observação.