terça-feira, 10 de agosto de 2010

ESTUDO ERRADO



Aprendemos que a história é feita de permanênciaa e rupturas. ROMPER COM ESSE SISTEMA EDUCACIONAL MEDÍOCRE OU ADEQUAR-SE A ELE E SE TORNA MAIS UM. EU JA FIZ MINHA ESCOLHA E VOCÊ? EU SOU UM.

Eu e a sala de aula

Foi uma experiência única, a sala de aula, como observador, não como estudante. Outro fator de máxima relevância neste processo foi também o estagio concomitante com as discussões em sala de aula. Assim pude perceber através de uma leitura desvinculada de um ponto predeterminado e perceber em parte, como realmente está o sistema educacional brasileiro.


Foram algumas semanas neste colégio de ensino fundamental, em um espaço que mais se parece uma casa (média) com salas que se alternam em pequenas e muito pequenas, nestes espaços de aproximadamente 4 m x 6 m, ou seja, 24 m2, são colocados 40 alunos, como se pode imaginar o barulho é ensurdecedor, numa 7ª série e questões impactantes. Pude perceber a busca do professor tentando dialogar com os estudantes, buscando fazê-los perceber a importância do conhecimento histórico para suas vidas, buscando metodologias que pudesse apreender a atenção dos alunos.

Em pouquíssimos momentos percebi um mínimo silencio para que uma aula normal pudesse ser dada, o professor se alternava em buscar a atenção de uma parte da sala e em outros momentos da outra parte da sala. Os alunos só se detinham a alguma forma de informação quando esta era colocada no quarto para que eles pudessem copiar, não paravam nem na revisão para as avaliações.

Não se pode esperar de condições tão adversas o aprendizado dos alunos, as avaliações eram pra ser lidas pelo presidente e pelo ministro da educação, para que eles tivessem a real noção de para onde caminha esta nação. Os alunos têm um déficit incrível de interpretação da realidade, muitos não sabem ler, mal escrevem e articular idéias e formar um contexto escrito dessas idéias, me perdoem, é pedir demais. O professor trabalhava com a história e relacionava o passado sempre explicando o presente, mesmo assim as respostas, que não passavam de 2 linhas eram um misto de coisas sem nexos e erros ortográfico-gramaticais.

Foi como já disse uma experiência marcante, agora posso refletir sobre a minha participação na criação de um novo Brasil, não o de discursos ideológicos, mas aquele de pessoas que na prática cotidiana arregaçam as mangas para fazer diferença, para fazer diferente e realmente trabalhar para uma realidade que nos conduzira a um pais de igualdades.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Falta de atenção

Em um dos  meus últimos dias no estágio a professora resolveu inovar aplicando uma prova de múltipla escolha.Os alunos que aparentemente não estavam acostumados com aquele tipo de prova ,responderam em menos de cinco minutos ,felizes com ideia de sair para o intervalo.Porém eles não perceberam que essa falta de atenção e pressa só os prejudicou.No entanto não podemos colocar toda culpa neles, já que não se pode ficar concentrado numa escola que não possui muros fazendo com eles fiqem em constate contato com  o mundo exterior.
Como ja foi dito a escola não tem muros ou ao menos não em todo seu corpo ,essa situação faz com o ambiente não seja respeitado,durante a realização das aulas o colégio fica cercado de pessoas que nem alunos são e que estão ali apenas para conversar,namorar e etc .Ou seja fazer tudo menos estudar ,é claro que tais comportamentos influenciam e prejudicam os realmente interessados.
Por fim percebe-se que os problemas encontrados nesta escola não se deve a um único fator e sim a vários fatores sendo eles :desatenção dos alunos,desrespeito da sociedade que cerca a instituição,e falta de estrutura digna. Sendo que esses problemas infelizmente não fazem parte de uma situação isolada .

terça-feira, 3 de agosto de 2010

URGENTE Um pedido de ajuda: ainda o reflexo da desigualdade em nosso país

Galera! Vejam o e-mail abaixo que recebi no domingo.Repassem para todas as suas listas. Vamos ver se alguém ajuda. Abraços, José Augusto.

"Data: Domingo, 1 de Agosto de 2010, 14:00


oi SOU ROSANA N UNES DE OLIVEIRA


ALUNA DO PROJOVEM DE FEIRA DE SANTANA


DA ESCOLA MUNICIPAL JOAO MARINHO FALCAO NUCLEO 14 TURMA 03


FAÇO PARTE DO GRUPO INSCRITO NO PROJETO DE HIP HOP DE FEIRA DE SANTANA


E OS CORDENADORes LOCAIS JONSON E ISABELA NOS conVocou para uma reuniao, COM INFORMAÇOES DE bRASILIA,


DIZENDO QUE HAVERIA SUBSTITUIÇAO DAQUELES QUE QUISESSEM DESISTIR PARA OS QUE ESTIVESSEM


INTERESADOS EM PARTICIPAR . E DEPOIS APRESENTOU OUTRO EDITAL VINDO DE BRASILIA DIZENDO QUE


NAO HAVERIA MAIS SUBSTUIÇOES E DIZEM QUE NAO HIPOTESE ALGUMA DE VOCES CEDEREM A MINHA PASSAGEM,E MESMO QUE CEDESSEM NAO TEM HOSPEDAGEM PARA MIM.


EU Queria dizer a vcs que tenho um irmao envolvido com drogas, que pra mem nada mais fazia sentido,pois cada dia que passa VEJO PESSOAS DA MINHA COMuNIDADE MORREREM VITIMA DAS DROGAS, DA FALTA DE OPOUTURNIDADES.quando a professora me convidou para entrar no grupo eu nem sabia o que era,COMEÇEI A DANÇAR, CONHECI PESSOAS DO MOVIMENTO HIP HOP,e FAÇO PARTE HOJE DA IDENTIDADE HIP HOP DE FEIRA DE SANTANA, ainda nao sou tao boa como meus parceiros mas sei que tenho um caminho que nao e a as drogas


O PROJOVEM ME DEU UM CAMINHO E AGORA QUEREM ME EXCLUI DA VIAGEM


EU FUI PARA O CENTRO DE RECUPERAÇÃO 4 VEZES CONVERSEI COM PESSOAS IGUAL AO MEU IRMAO ENVOLVIDAS COM DROGA, COM TRAFICANTE QUERENDO MATAR PAI E MAE CHORANDO, a professora nos levava para la passamos o dia nas palestras com os professores de la e com os internos escutando as historias deles VARIOS COLEGAS NOSSOS PASSARAM A FICAR COM MEDO DA DROGA DO TRAFICO SER AVIAOZINHO E GANHAR TODOS OS DIAS 400 REAIS NA BOCA MAS É PERDER TODA A VIDA E PODER MORRER A QUALQUER MOMENTO QUE O RODO PASSE EU JA TO CANSADA DE VER TRAFICANTE INVADIR MINHA CASA ATRAS DE MEU IRMAO EU JA SAI DE CASA VARIAS VEESZE E PESSO A dEUS PODER TER MINHA FILHA DE VOLTA POIS TIVE QUE DA LA PARA PARENTES CRIAREM POIS NAO PODERIA DEIXA LA CRESCER NA RUA


HOJE EU DIVIDO UM VAO COM UMA COLEGA DO HIP HOP E TENHO MEUS SONHOS QUANDO A FOME TA FORTE FICAMOS DANÇANDO E ESQUECEMOS AS COISAS RUIM


EU TENHO 23 ANOS, MINHA FILHA TEM 7 ANOS, EU ATE ENTRAR NO PROJOVEM NAO TINHA SONHO TUDO TINHA ACABADO


TO TERMINANDO O PROJOVEM TO NO HIP HOP ACREDITO QUE A DROGA NAO É SO O FIM MAS O COMEÇO DE MUITAS COISAS


QUERO TERMINAR DE ESTUDAR ME INSCREVI NO ENEM E MINHA VITORIA DE IR A BRASILIA E A CERTEZA QUE TUDO DE RUIM QUE JA PASSEI ACABOU


EU NAO SEI MAIS O QUE FAZER A PROFESSORA NAO PODE PAGAR A MINHA PASSAGEM, ´POIS SOU EU E OUTRA COLEGA E ELA JA PAGOU TUDO DE PROFESSOR TRANSPORTE ALMOÇO LANCHE TODA VEZ QUE O GRUPO SAI E ELA QUE PAGA AGORA TEM O VIDEO E ESTAMOS FAZENDO RIFA PARA PODER FAZER MAS QUEM CONFIA NUMA RIFA DE JOVENS DA PERIFERIA? EU TO PERDIDA SEM SABER O QUE ACREDITAR AINDA ACREDITO NA PROFESSORA POIS ELA DIZ QUE NAO DEVEMOS DEIXAR O SONH MORRER E QUE TUDO VAI SE RESOLVER MAS JA TA CHEGANDO O DIA E EU NAO TENHO MINHA PASAGEM


POR FAVOR ME DEIXEM IR DANÇAR


E A CHANCE DE MINHA VIDA


A CHANCE DE DIZER PARA MINHA FAMILIA QUE ESTUDAR VALEU A PENA E MOSTRAR PRA MINHA FILHA QUE EU TO VENCENDPO E QUE VOU DAR UM MUNDO MELHOR PARA ELA E QUE ELA NAO MORA COMIGO POR AGORA MAIS VAI MORAR


A PROFESSORA ME DISSE QUE POBRE SO VENCE ESTUDANDO E EU TO TENTANDO ESTUDAR MAS ESTUDAR E TER SONHOS E PODER REALIZAR SONHOS






MEU GRUPO E O MEU SONHO


O PROJOVEM E O UNICO SONHO QUE EU TENHO VIVO


NAO ME TIREM ESTA CHANCE POR ERRO DA COORDENAÇAO,NO DIA QUE TEVE UM SEMINARIO DO PROJOVEM MINHA PROFESSORA ME EMPRESTOU O TENIS DELA PARA EU DANÇAR E QUANDO ELA FEZ ISTO EU VI QUE ALGUEM ACREDITA EM MIM ESTE FOI O UNICO PRESENTE QUE EU RECEBI NA VIDA O TENIS DA MIHA PROFESORA


EU PEÇO A VOCES ME DEEM A PASSAGEM


E SE EU NAO GANHAR A PASSAGEM EU VOU DE CARONA DE CAMIHAO MAS EU VOU


EU VOU CHEGAR EM BRASILIA MAS QUERO IR COM MEU GRUPO


IR DE CAMINHAO E PERIGOSO MAS E A UNICA SAIDA QUE ESTOU VENDO


EU SO QUERO A PASSAGEM EU DURMO EM QUALQUER LUGAR NAO VOU ABUSAR VOCES E NEM VOU PEDIR COMIDA TAMBEM TO ACOSTURMADA A FICAR SEM COMER AS VEZES O QUE COMO E A MERENDA DO PROJOVEM QUANDO TEM OU O CAFE QUE TOMO DAS DIARIAS QUE FAÇO


EU NAO VOU DAR TRABAHO PARA ALIMENTAÇAO NEM PARA HOSPEDAGEM EU JURO POR MINHA FILHA


JA TO ACOSTUMADA A DORMIR NA RUA JA FUI CATADORA DE PAPELAO ANTES


MAS HOJE EU QUERO DANÇAR QUERO ESRUDAR QUERO PASSAR NO ENEM


EU QUERO VIVER MEU SONHO DE SER PROJOVEM


EU ESCREVI ESTE EMAIL PORQUE QUERO SABER O QUE se PASSA REALMENTE? E DISSERAM ontem NUMA REUNIAO COM OS ALUNOS QUE MESMO QUE EU CONSEGUISSE A PASSAGEM EU NAO PODERIA PARTICIPAR DO EVENTO POIS E UM EVENTO FECHADO . EU TO MUITO TRISTE E NAO ENTENDO QUE TIPO DE INCLUSAO E ESSA ?


A COORDENAÇAO DISSE AINDA QUE O PROJOVEM NAO LIBEROU VERBA PARA NADA ENTAO OS ALUNOS TEM QUE SE VIRAR E PAGAR TODOS OS GASTOS DO PROJETO


Neste PROJETO TEM SOIS ALUNOS pAULO E vITOR, vITOr é um ex interno do centro de recuperação e agora trabalha como barbeiro, E Paulo estava usando droga no inicio do ano e a professora fez esta projeto para eles para ajudar eles assim como outros colegas nossos


SE A PROFESOORA nao fizeesse este projeto na escola todos iam entra na onda de Rabicó e cair no crack eles estava aprontando no coleguiio e a pro foi tirando os meninos da onda o povo do NOVA vIDA INDO PARA A escola e levando a gente para la


eu nao entendo o governo gasta quanto para fazer um otdoor? mas nao pode pagar uma passagem para mim e minha colega? nem a roupa para irmos se apresentar?






o Projovem me deu um sonho me deu uma professora que é uma mae para todo mundo voces deveriam mudar o nome de po para pa,professor anjo, a professora foi um anjo de Deus na vida de muitos jovens como eu mas infelizmente nem tudo é bom






NOS TINHAMOS UMA MOSTRA DESSE PROJETO PARA QUARTA DIA 14 DESTE MAS NAO FOI APRESENTADO POIS NAO HAVIA AS ROUPA NEM O TRANSPOTE PARA OS OUTROS ALUNOS QUE PARTICIPARIAM NO NOSSO PLA SOBRE DST AIDS E DROGAS


O PLA DO PROJOVEM DE FEIRA DE SANTANA SE RESUMEu A UMA PALESTRA PORQUE NAO TEVE TRANSPORTE E NEM DIVULGAÇÃO PARECEIA UMA AULA NAO FOI MOSTRADO NENHUM TRABALHO FEITO NA COMUNIDADE EESTE TRABALHO FEITO NO CENTRO DE RECUPERAÇAO AJUDOU MUITO MEUS COLEGAS E VARIAS FAMILIAS


O GOVERNO FALA TANTO NAO USE DROGAS DIGA NAO AO CRACK MAS EM PROJETO COMO ESTE NAO INVESTE


EU FUI FELIZ DE TER E DE SER PROJOVEM E QUERO CONTINUAR SENDO


NAO QUERO PENSAR QUE A EDUCAÇÃO É UMA MENTIrA DE POLITICO


QUERO ACREDITAR QUE MINHA VIDA VAI SER DIFERENTE COMO EU VI NA PROPAGANDO QUE ME FEZ MATRICULAR NO PROJOVEM


eu acreditei na prpopáganda


eu vou chegar em Brasilia se minha passagem nao aparecer eu to saindo sexta feira de feira de santana com 23 reais na mao mais eu chego ai


e a apresentação do meu grupo vai ser meu testemunho pois tenho certeza que minha professora nao vai me barrar na porta sei que se fosse por ela eu ja estava ai


a unica coisa que ela disse que pode fazer e dar o email de vcs para eu escrever e e por iste que eu to escrevendo


e sei tambem que meu grupo pode deixar de ir a qualquer momento se a coordenação nao der a roupa para eles ir pois ninguem vai sair da bahia com a farda do projovem


somos pobres mas temos o direito de viver nem que seja um sonho e esto que e esta Mostra um sonho






ENTAO COMO FICO, EXCLUSA ,O PROJOVEM É ISSO? OU SONHEI CERTO COM O PROJOVEM? ME AJUDEM 75 8177 5895"

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Entre erros e acertos

         No decorrer das aulas dadas pela professora percebi que ela possui domínio dos assuntos e ao mesmo tempo que faz uso do livro didático, as vezes também os relaciona com o cotidiano dos alunos, complementa, quando possível, com filmes, o que torna a aula mais atrativa. Além disso, realiza atividades, como debates, que cria um clima de competição entre os grupos, motivando-os a estudar. Porém, esses debates são realizados através de questionários elaborados e corrigidos por ela, o que leva os alunos a decorarem as questões e não a refletirem sobre e entenderem os assuntos.
         Percebi também que embora a turma seja inquieta e barulhenta, ela consegue manter a ordem e o controle em sala de aula de maneira descontraída, sem gritos, fazendo com que os alunos (alguns) percebam que existem horas para "gracinhas" e horas de saber se posicionar em sala de aula, ouvindo o professor com atenção.
         Portanto, nota-se que há uma boa relação entre os alunos e a professora e que, apesar de alguns pontos negativos, as aulas são, em sua maioria, proveitosas.
         Durante os primeiros dias de observação notei que a professora ficou meio incomodada com a minha presença, (fato que me deixou constrangida) fazendo sempre questão de perguntar por quanto tempo ficaria ali fazendo as observações, se em algum momento assumiria a sala de aula... (quando já havia explicado tanto a ela, quanto a diretora todo o processo antes de começar a frequentar as aulas). Confesso que, devido a isso, pensei em desistir das observações naquele local, mas me dei conta que se o fizesse seria a única prejudicada, então relevei os acontecidos dando continuidade ao estágio.
         Nesses primeiros dias, os alunos realizaram dramatizações sobre a Inconfidência Mineira e a Conjuração Baiana, nas quais foi possível notar a falta de organização e a incompreensão dos mesmos que resumiram tais acontecimentos em poucas palavras, realizando os trabalhos de maneira superficial, (ainda mais se tratando de alunos da 7ª série)  sendo que cada apresentação durou em média 7 a 10 minutos. Irresponsabilidade deles? Culpa da professora? Não cabe a mim julgar quem tá certo ou errado, porém, me chamou a atenção o fato de que embora as apresentações tivessem sido realizadas de maneira superficial, o que mais preocupou a professora foi a falta de figurino de alguns alunos e não o conteúdo em si, o que é mais importante!
         Tal acontecimento me fez lembrar do meu tempo de colégio quando a professora de História simplesmente "lia" o assunto ou inventava um meio para que fizéssemos isso sozinhos, através de um seminário, ou mesmo dramatização. Sei que certos métodos são dinâmicos e até facilitam a prendizagem, no entanto, precisa haver uma orientação significativa do professor para que esse tipo de atividade atinja os objetivos desejados, o que não vi acontecer na turma.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Saber decorado não é saber

No primeiro dia de observação tive várias impressões que me deixaram estupefata, mas não deu para expor tudo na primeira postagem para não me estender muito. Porém, caro leitor, peço um pouquinho de paciência, porque quero tratar de um assunto que eu considero seríssimo, que constatei, tristemente, na sala de aula. Não estou mais falando da linguagem vulgar, algo inaceitável, mas que se tornou corriqueiro na aula do professor que observo, mas da prática de ensino efetuada pelo professor de história. Um dos pontos que o meu professor nos orientou para analisar enquanto observávamos as aulas era se o professor usava ou não o livro didático e em caso positivo, se utilizava mais algum recurso para complementar, como por exemplo, outras bibliografias. Se o caro leitor que estiver ansioso por esta informação me perguntar: E aí, ele usa o livro didático? Respondo: Não, necessariamente. Alguém pode dizer que isso é bom. Eu também diria isso. Entretanto, ouso dizer, que se o professor utilizasse o exercício proposto pelo livro didático os alunos aprenderiam mais do que com as questões que são elaboradas pelo próprio professor, pois estas são questões facilmente localizáveis no texto que não provocam nenhum questionamento aos alunos, tampouco contribui para a formação de cidadãos críticos, conscientes e reflexivos. Não estou afirmando que o livro didático deve ser uma escorra onde vá se apoiar toda a prática do ensino e aprendizagem, muito pelo contrário, ele deve ser apenas um aliado do professor que não substitui, em hipótese alguma, o professor na sala de aula, sendo que, além dele, o professor deve-se utilizar de outros recursos para tornar a aula mais atrativa. O que eu acho grave é o fato deste professor elaborar questões que estimulam mais a prática da memorização de datas e acontecimentos históricos do que a compreensão dos “porquês”, as influências sobre o presente, etc.



O leitor saberá do que eu estou falando, pois irei colocar logo abaixo as questões propostas pelo livro didático utilizado pelo professor e as questões elaboradas pelo mesmo a partir do livro didático.

EXERCICIO PROPOSTO PELO AUTOR DO LIVRO DIDÁTICO

1. Explique como o domínio espanhol sobre Portugal afetou a Holanda e o Brasil.

2. Num de seus primeiros relatórios enviados à Holanda, Nassau escreveu: “Necessariamente deve haver escravos no Brasil e por nenhum modo serem dispensados: se alguém sentir-se nisto agravado, será um escrúpulo inútil [..] é muito preciso que todos os meios apropriados se empreguem no respectivo tráfico na Costa da África”. A partir do texto pode-se dizer que o posicionamento de Nassau diante da escravidão era diferente do adotado pelos colonizadores portugueses?

3. Em grupo: Façam uma dramatização narrando a resistência luso-brasileira às invasões holandesas no Brasil.

4. Vimos que o governador Maurício de Nassau, que era protestante, adotou a tolerância religiosa, permitindo que católicos e judeus continuassem praticando suas religiões. Você acredita que isso colaborou para o sucesso de seu governo? Explique.

5. Escreva um pequeno texto relacionando a volta de Nassau para Holanda à resistência luso-brasileira.

BOULOS JÚNIOR, Alfredo. História: Sociedade e Cidadania. “Holandeses no Brasil”. 7ª série, 8º ano. Editora: FTD, 2004.



OS ALUNOS UTILIZARAM O AUTOR REFERIDO ACIMA PARA RESPONDER AS SEGUINTES QUESTÕES QUE FORAM ELABORADAS PELO PROFESSOR:



1. Cite duas principais atividades econômicas no Brasil colonial.

2. Qual o período que durou o domínio espanhol sobre Portugal?

3. Como se deu a formação da Holanda?

4. Quais as atividades desenvolvidas pelos holandeses com o açúcar brasileiro?

5. A Companhia das Índias Ocidentais tinha autorização e apoio do governo holandês, para quê?

6. O que os holandeses fizeram ao chegar em Salvador em 1624?

7. O que ocorreu no Brasil com a introdução dos holandeses em 1626?

8. Em 1630, qual o estado brasileiro era o maior produtor de açúcar?

9. Cite duas cidades conquistadas pelos holandeses em Pernambuco.

10. Como se chamava o governador de Pernambuco e líder da resistência luso-brasileira?

11. Quem foi enviado ao Brasil pelos holandeses com o título de governador-geral?

12. O que Nassau fez para resolver o problema religioso no Brasil?

13. Cite os principais melhoramentos realizados por Nassau em Recife.

14. Quais os dois outros estados que estiveram sob o domínio holandês no Brasil?

15. De que Nassau foi acusado pelos holandeses?

16. Que ano os holandeses se renderam no Brasil?

17. O que são mascates?

18. Como se chamou a guerra entre comerciantes de Olinda contra os de Recife?

"Educar mal um homem é dissipar capitais e preparar dores e perdas à sociedade." (Voltaire)

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Resumindo...

Bom, estive analisando as observações anotadas durante o estágio observatório e percebi que estavam muito repetitivos todos os dias era as mesmas coisas. Então decidi fazer um breve resumo dos acontecimentos ocorridos, os quais me chamaram a atenção. Pois as aulas se resumiam no seguinte esquema: Os alunos copiam o exercício escrito no cartaz, levam para casa para responder, traz respondidos na aula seguinte, o professor corrige dando explicações e em seguida aplica a avaliação relâmpago ou dá visto no caderno.

No dia 03/05/10 assim como os demais dias, a aula começou com um alvoroço e algazarra, até que o professor conseguiu dominar a turma, cobrando o exercício de casa e acrescentando um visto no caderno dos alunos que fizeram. Esse é um método que a maioria dos professores utiliza para fazer com que os alunos respondam o exercício em casa, pois ao passar uma atividade logo vem a clássica pergunta: É para nota professor?

Como por exemplo, na aula do dia 05/05/10 que enquanto o professor passava as notas para a caderneta os alunos permaneceram sentados e quietos, pois ainda faltava serem atribuídos dois pontos qualitativos. Quer dizer que se não fosse por esse detalhe os alunos permaneceriam bagunçando, mas como seus comportamentos estavam sendo avaliados eles se comportaram direitinho.

Outro detalhe que me chamou muito a atenção foi a postura do professor, que em muitas vezes se tornava bastante contraditório, como o fato ocorrido no dia 12/05/10, em que o professor aconselhava seus alunos, e falava das suas inexperiências de suas tenras idades, pedindo-lhes que fossem mais humildes, que parassem de brincadeiras nos momentos impróprios e passassem a prestarem mais atenção no momento da correção da atividade. O professor também adotou uma postura séria na aula ocorrida dia 24/05/10, onde repreendeu os alunos por estarem conversando no início da aula. Por conta disso o professor ao começar a corrigir a atividade pulou três primeiras questões e deu como corrigida, como os alunos se baseavam na resposta do professor, então eles ficaram atordoados. Talvez por conta disso os alunos se comportaram, ouvindo a explicação do professor atentamente e tirando dúvidas.

Acho que os alunos se sentem um tanto confuso em relação à postura do professor, pois em alguns momentos ele brinca, faz piadas dando liberdades aos alunos e em outros momentos adota uma postura séria não permitindo brincadeiras nem conversas paralelas.

Então caros colegas qual será a melhor forma de se lidar com os alunos? Que postura o professor deve adotar em sala de aula?



Impressões

Inicialmente tive dificuldade para encontrar uma escola onde o professor se dispusesse a ser observado. Optei por outra na qual a "fama" não era das melhores, pois já havia ocorrido um tiroteio durante o dia, além deste fato os alunos eram considerados indisciplinados. Percebe-se tomando esta situação como exemplo o quanto a violência nas escolas tem se agravado, refletindo as crises da sociedade. Para a minha surpresa não encontrei dificuldades para observar uma turma nesta instituição, sendo escolhida a do 6º ano. A partir das visitas realizadas observei uma significativa organização na escola. A turma é tranquila e existe uma relação de respeito, mas fica nítido a hierarquia que existe na sala, a professora demonstra planejar as aulas, apresentando domínio dos conteúdos. Achei interessante a preocupação da mesma em explicar as palavras complexas e trabalhar interpretação de textos dentro da disciplina de história.

domingo, 25 de julho de 2010

Postura de professor

Um dia ao chegar mais cedo, no horário de outra professora percebi que o comportamento dos alunos era bem diferente das aulas que observava,(a sala desorganizada, um entra e sai de aluno e etc.) Talvez a postura mais rígida da professora seja o meio encontrado para dar aulas sem maior "stress". Em uma das aulas ela comentou que não ensinava para uma parte dos alunos, que ao entrar na sala todos teriam que prestar atenção. Se referindo ao comentário de outra professora que declarou que só ensinava a quem estivesse interessado. A professora regente desenvolve o trabalho de forma metódica: Aulas expositivas, questionário, teste e prova. Sempre organiza a turma em filas, separa os alunos quando necessário. Acredito que facilitaria a compreensão dos alunos se as aulas fossem mais dinâmicas, utilizando mapas, contextualizando a aula a partir de filmes e na sala há uma TV. Em contrapartida tenta estimular a leitura dos alunos disponibilizando seus livros de literatura para que os mesmos leiam em casa. Enfim, como questionar algumas posturas assumidas pelos professores em sala, diante da diversidade de contextos no qual se encontram?

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Pacto da Mediocridade

Em primeiro momento, partindo da idéia de observar o cotidiano escolar, o qual nos foi designado no curso dessa disciplina, busquei tocar em questões preexistente, ou melhor, enraizadas nas relações entre professor e aluno. Bem como, a política do faz de conta, a fim de alcançar reflexões que possam desencandear em atitudes mais incisivas, para assim quebrar o ciclo vicioso tão presente na educação. Pude observar que a relação professor e aluno, tem sido marcada por um descaso de ambas as partes. A professora em questão, não possui um controle em sala de aula, no sentido de que, os alunos transitavam entrando e saindo da sala no decorrer da aula, fazendo objeções do tipo: atender celular, falar alto em sala,e entre outros que, de uma certa forma ,atrapalham o desenvolvimento da aula.
Além dessas questões, as quais permeiam o cotidiano escolar, há outras de propoções maiores, no que tange, o fato de o professor ao vê o desenteresse dos alunos, reproduz também esse comportamento ao ensinar o conteúdo. Mediante a esse contexto, faço das minhas palavras a do professor José Augusto, em uma de nossas aulas, quando afirmou ``que o professor deve tocar a estes alunos desinteressados de qualquer forma ``para assim não cai no velho clichê do tipo `` eu só dou aula para quem quer alguma coisa``.
Como mudar então essa situação? O que fazer para despertar alunos desse sono educacional? E os professores como mudar de postura? É chegada a hora de romper como esse faz de conta, do tipo eu finjo que ensino e você finje que aprende, uma espécie de pacto da mediocridade.

Reunião de Professores

     Nas reuniões de professores, a qual fui convidado pela coordenadora de estágio a participar, e que conta com todos os professores da área de humanas do noturno, das disciplinas de História, Geografia, Sociologia e Filosofia. Foram discutidos planos de aula, escolha de livros didatiocos, elaboração e calendario de aplicação de provas, atualização da cardeneta de notas dos estudantes, problemas com o desempenho e aproveitamento dos mesmos e problemas enfrentado por eles.
     O que eu achei mais interesante foi, um projrto desenvolvido pela escola cujo nome é: PROJETO BRASIL AFRICANO: RECONSTRUINDO SABERES E VENCENDO PRECONCEITOS.
     Dentro desse contexto, a área de ciências humanas do Instituto de Educação Gastão Guimarães, vem trazando a proposta de trabalhar a valorização da cultura afro-brasileira durante todo o ano letivo de 2010, atendendo a Lei 10.639/2003, que trata da obrigatoriedade do ensino da História da África e dos Africanos no curriculo escolar no ensino Fundamental e Médio.
     Esse projerto vem auxiliando de forma mais incisiva, na formação por parte do aluno, de sua identidade, no fortelecimento do respeito à diversidade socio-cultural, viabilizando debates sobre a nossa própria diversidade aqui no Brasil. O projeto trabalha expreções da arte e cultura negra, proporcionando a reflexão crítica da realidade do negro na nossa sociedade, discutindo a participação dos negros na construção do país, não como escravo, mas como sujeitos detentores de vontade e ações transformadoras na construção e formação da sociedade Brasileira.
     O projeto teve início no dia 13 de Maio (dia que representa uma luta e reflexão contra o racismo), e com término em 20 de Novembro (dia da consciência negra), e que tem a participação dos estudantes em palestras e atividades culturais, contribuindo para o seu processo de aprendizagem.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Em silêncio?!

     Em praticamente todas as aulas em que observei, se não em todas, notei que a professora e os estudantes mantêm uma boa relação com respeito de ambas as partes, não havendo nenhum tipo de conflito, poucas vezes a professora teve que chamar a atenção dos alunos para prestarem atenção na aula, notei que os alunos não fazem perguntas relacionadas ao assunto dado pela professora, não sei se isso significa que eles estão aprendendo ou que não entendem o que a professora ensina e não tão nem ai pra nada. A utilização do referencial teórico metodológico, como em todas as escolas do ensino público se resume na utilização do quadro negro, na aplicação do método expositivo que é bem utilizado pela professora, o livro didático, o qual os alunos não levam para a sala de aula.
     Notei que há um problema na estrutura física da escola, que não oferece a acessibilidade a cadeirantes, pois o prédio não possui rampas ou elevadores, no entanto, a escola conta com interprete de LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais), facilitando a comunicação entre professores e alunos surdo-mudo, há também um problema entre as salas de aula, que possuem uma porta ao lado do quadro ligando uma sala a outra, deixando passar todo tipo de ruído, o que, por muitas vezes levou a professora a parar a aula tirando a concentração de todos.  

homogeneizar ou respeitar as diferenças?

     A sala de aula é um espaço constituido por uma grande diversidade: situações financeiras diferentes, diferentes opções religiosas, diferentes etinias, diferentes idades, diferentes idéias, etc. Homogeneizar o ensino é a atitude mais fácil a ser tomada, deixando as diferenças que os estudantes naturalmente trazem, do lado de fora. A diversidade precisa ser aproveitada, afinal de contas ela traz uma imensa contribuição para essa grande troca de informações que é o processo ensino-aprendizagem. sera que essa homogeneização do ensino não é uma tentativa de moldar as pessoas, eliminando suas especificidades naturais? É esse o papel da escola: transformar pessoas em cópias uma das outras?

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Para começar a aula logo depois do intervalo entre as aulas, a professora precisa entrar na sala em meio a uma bagunça considerável .As cadeiras estão fora do lugar ,os cadernos pelo chão ; isso quando não tem biscoito e restos de sopa da merenda por cima das cadeiras .
Depois de gritar bom-dia  várias vezes e ninguém prestar atenção , ela consegue fazer a turma ficar quieta para começar a aula ,porém um de seus alunos tem que ser mandado para a direção por lhe responder de forma desrespeitosa.
Após esse fato a docente fez um discurso para seus alunos .Ela ressaltou que muitos deles moravam na zona rural ,acordavam cedo e partiam para a escola muitas vezes sem se alimentar e que não deviam ficar em sala de aula perdendo tempo pois o mercado de trabalho era cruel e só os melhores conseguiriam um lugar nele .
Todos os alunos ficaram em silêmcio e começaram a fazer suas atividades,pelo menos pelos quinze minutos que se seguiram .Mas como era de se esperar a conversa recomeçou e a professora perguntou para um de seus alunos como ele faria para comprar os bonés de marca que ele tanto gostava se não estudasse e ele  respondeu" vou roubar velhinhas".

segunda-feira, 12 de julho de 2010

sábado, 10 de julho de 2010

Crise Existencial


  Em mais um dia de estágio escolar, procurei analisar a aula da minha regente por meio de uma nova perspectiva; tomando sempre como base, a postura que um profissional de educação deve esboçar na sala de aulas. Naquele momento fui notando o esforço da professora(ela até que tentava), em fazer com que os estudantes, se interessassem pelo conteúdo trabalhado na turma.
  Foi uma experiência muito desconfortável, pois, a medida que a professora exigia que os estudantes, respondessem o questionário trabalhado em sala. Eles demonstravam, além do pouco interesse; uma boa doze de indisciplina e de notável falta de acompanhamento familiar adequado. Achei essa situação desconfortável, justamente pelo fato de ter me imaginado no lugar da minha regente. Naquele exato momento, era como se fosse a minha pessoa diante daqueles estudantes, com comportamentos desagradáveis que impediam a professora de exercer sua função de maneira adequada.
  Por conta daquela situação, me perguntei se realmente estava seguindo o caminho correto,isto é, se era realmente a licenciatura o meu lócus do exercício profissional. É claro que não obtive respostas imediatas dos meus questionamentos. Mas ao menos serviram de reflexão para notar os desafios que existem numa sala de aulas.
  Diante desse momento de crise, da qual encontrei-me, fui notando o cotidiano escolar em suas particularidades. Hora analisando os estudantes, hora analisando a professora, procedendo através de seus métodos para tentar controlar sua turma. Ao final da aula, Lembrei do texto "O Professor e as Mil Mneiras de Fazer no Cotidiano Escolar" de Flavia Medeiros Sarti; por conta de ter surgido um acontecimento inesperado. Um estudante voltando-se para professora disse o seguinte: "não fiz as questões". A regente por sua vez, perguntou por qual motivo ele não fez a tarefa; continuou o estudande: "por que não quis. A regente agiu de forma consciente, pedindo ao estudante que não se retirasse da sala com os outros alunos, pois, queria ter uma conversa com o mesmo  ( ao menos o estudante aguardou ufa!). Quando o restante da turma foi dispensada, lá estava a professora diante de um problema ( um aluno sem interesse) que eu estava ansioso para ver como ela iria resolver. 
  Passados alguns minutos de conversa, na qual a professora procurou concientizar o estudante, dizendo-lhe que, a sala de aulas, não era local dos alunos fazerem o que querem. E sim, um lugar de apreensão do conhecimento. Em meio a resolução daquele embate, lembrei do artigo de Medeiros; por conta desse material abordar, o fato das universidades,  na praxis das suas produções acadêmicas, não levar em consideração muitos dos infortuinos, que os professores secundaristas estão expostos durante suas atividades laborativas. Quiçar sem perceber, fazendo uma relação entre a situação da regente, com seu estudante disperso e o texto de Medeiros.  Encontrei a resposta da minha crise existencial (ser ou não ser professor eis minha questão) "o tempo".

quarta-feira, 7 de julho de 2010

COMO MUDAR O ENSINO NA SALA DE AULA?

Na aula de hoje, (depois de discutir-mos a sala de aula, indisciplina, violência, assuntos relacionados às postagens do NOSSO blog). Augusto levantou uma pergunta, que me fez pensar e perceber a minha total incapacidade, impotência e medo em lidar com o ensino. (a pergunta levantada foi, COMO MUDAR O ENSINO NA SALA DE AULA, E FAZER COM QUE O ALUNO SE INTERESSE PELO ASSUNTO APRESENTADO?), e como disse Tiago, uns dos colegas que estava presente, essa é a pergunta que não quer calar! vejo que não há como pensar a escola independente da sociedade na qual ela se insere. O que acontece no ambiente escolar é mais que uma analogia a situações sociais mais amplas; é um reflexo da sociedade no seu todo. Evidencia-se, nas leituras acerca do assunto que são postados aqui, o quanto os problemas e situações atuais da contemporaneidade relacionam-se diretamente aos encontrados nas escolas, e através dos rostos atônitos dos colegas em classe percebi que essa é uma pergunta que como futuros professores, temos que responder com ações, onde relatos de professores, coordenadores e psicólogos escolares, que trabalham especificamente com aprendizagem pode nos ajudar nessa mudança. A partir de estudos contemporâneos e conversas com profissionais da área, é possível pensar e discutir alguma coisa sobre o que se passa nas escolas nos dias de hoje e mudar pra melhor. Os tempos mudaram, mas a estrutura de ensino ainda não. MAS E AGORA O QUE FAZER? (mas Augusto! Isso é pergunta que se faça?).

terça-feira, 29 de junho de 2010

INDISCIPLINA, SOMOS OS (IN)RESPONSÁVEIS!

Indisciplina? Isso não existe.

Indisciplina é quando alguém foge a regra - a regra agora é ser indisciplinado, grosseiro, mal educado e até violento...
E não pense vocês que estou falando só das escolas, esse é o retrato da atual sociedade. As pessoas esqueceram a noção de educação, moral, ética, gentileza, cortesia. O PANDEMÔNIO foi instalado nas escolas públicas e particulares e faculdades e cada um faz o que bem quer. A impunidade se generalizou e  assim como uma metástese contaminou a sala de aula. Professor bom é o que não leva problemas para direção/coordenação da escola, o aluno sabe disso e sabe o que falar sobre o professor para a gestão escolar e para os pais revertendo a culpa do seu ato indisciplinado. Durante muito tempo os pedagogos contribuíram com essa visão que se o aluno é indisciplinado a culpa é do professor que não se prepara, que não dá aulas atraentes, que não seleciona conteúdos significativos, etc. Como diz um amigo meu, a sala de aula emburrece o professor que estuda muito, mas tem que trabalhar com o "basicão", não pode avançar nos conteúdos por que não tem tempo (o que eu observo ministra duas aulas semanais) e por que não pode correr o risco de cansar as nossas "crianças". Aulas atraentes e significativas com a turma de 40 espremida? Sem recursos? Sem apoio externo? Assim não dá! E vamos ser VUVUZELAS HUMANAS para gritar: O SISTEMA EDUCACIONAL ESTÁ ERRADO!! Há de se implodir esse modelo educacional e recriar a sala de aula, a escola, os conteúdos, os projetos pedagógicos, os diretores, os coordenadores, os professores e o alunos.

E vamos refletir com a frase de Paulo Freire: "Se a educação sozinha não pode transformar a sociedade, tampouco sem ela a sociedade muda".

Um grande abraço a todos!

sábado, 26 de junho de 2010

Conseguir um horário conveniente para estagiar é difícil no meu caso consegui na sexta-feira ,oque se tornou um problema já que é justamente nesse dia que se tem menos aula.Todas as reuniões,pontos facultativos e feriados possíveis são na sexta.                                                                                                                                                                     

segunda-feira, 21 de junho de 2010

INDISCIPLINA, SÓ O ALUNO É O CULPADO?

    Venho observando em sala de aula (juntamente com Paulo e Rafaela), e lido as postagens desse BLOG e
uma das questões mais discutidas está ligada à INDISCIPLINA, esse assunto constantemente gera muita polêmica, as causas são as mais diversas e dificilmente se chega a uma conclusão. (esse tema me chamou atenção após as perguntas que Augusto expôs na aula passada). Nesse sentido, o primeiro passo que procurei traçar é a realização de uma análise do problema, e a partir daí  procurar conhecer os motivos que levam os alunos a se comportar de forma indisciplinada. Antes de julgar o comportamento de alguns é preciso verificar a realidade da escola, da família, o psicológico, o social, além de muitos outros.
     Devemos verificar que, as manifestações de indisciplina, muitas vezes, podem ser vistas como uma forma de se mostrar para o mundo, mostrar sua existência, e em muitos casos o indivíduo tem somente a intenção de ser ouvido por alguém, então para muitos alunos indisciplinados a rebeldia é uma forma de se expressar. Muitas escolas não oferecem espaços adequados para a prática de esportes, para brincar ou correr nos intervalos. Diante disso, o espaço escolar fica limitado somente à sala de aula, (a que estou observando a sala detem quase 40 alunos que se "espremem" em um espaço de tamanho 4x6mts),  como crianças e adolescentes detêm muita energia, a falta de locais para “gastar” essa energia, é um fator favorável  que conduz à indisciplina.
     Outro fator de grande importância é a família, problemas de diversas ordens podem acarretar na indisciplina escolar, talvez esse aluno conviva em um lar desestruturado onde os pais não se respeitam e assim reproduzam o que presencia em casa na escola. Além disso, problemas psicológicos e sociais atingem diretamente o rendimento escolar, mais precisamente no fenômeno da indisciplina que se tornou, nos últimos anos, um dos principais problemas da educação no Brasil. A indisciplina cresce constantemente, produto de uma sociedade na qual os valores humanos tais como o respeito, o amor, a compreensão, a fraternidade, a valorização da família e diversos outros foram ignorados.
     Então, vou terminar levantando uma questão, como acabar ou diminuir a indisciplina em sala de aula, e assim objetivando melhorar as condições de aprendizado dos alunos?

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Postagem

Esta matéria serve como alerta para que os órgãos competentes possam perceber como está realmente a educação no nosso País. Também se torna que os educadores assumam o seu papel na transformação do nosso País.

"O pão nosso de cada dia"


Estava tudo fora do normal! O silêncio no pátio dizia muito além do que eu poderia ouvir, semblantes apáticos revelavam o medo coletivo que tirava a tranqüilidade, gerando total insegurança. Percebi que o porteiro estava ausente, uma outra professora abril o portão perguntando se eu era estagiário, respondi timidamente. Logo, a diretora veio até mim e pediu que entrasse na secretaria para conversar com minha regente que fazia seu ofício impacientemente.
Bem, o que de fato estava acontecendo era um conflito gerado por um aluno- que não era da minha turma- o qual havia ameaçado uma professora    com  arma de fogo e ROUBADO uma bicicleta que se encontrava no pátio, sendo parado pelo porteiro que entrou em contato com a polícia, solicitando o serviço, mas não teve seu pedido aceito. O “de menor” foi contido na guarita da instituição, onde permaneceu por alguns minutos até que dirrepente apareceu uma viatura da polícia -estranho a mudança de atitude- mas já sabendo do ocorrido, encaminhou o garoto para o Conselho Tutelar em busca de soluções cabíveis na lei.
Diante disso, a aula perdeu um tempo considerável mas seguiu normalmente pois o alívio era o clima que espalhava por todos os cantos da escola. Mas de fato coloquei-me a refletir sobre todo ocorrido e me questiono sobre vários aspectos sociais, educacionais e políticos e chego a uma humilde conclusão de que isto é o pão nosso de cada dia nas escolas, pois esse não é um fato isolado e vem se repetindo por muito tempo. Mas afinal, de que é a culpa? dos professores? Dos próprios alunos? Dos pais? Do sistema de ensino? Absurdo isso, mas é uma realidade social muito próxima da escola. A educação nacional pede socorro!

sábado, 5 de junho de 2010

Mudança de comando

Introduzindo o conteúdo “Os Africanos no Brasil”, as explicações e exemplificações da professora foi logo interrompida pelo término da aula ( que é muito curta), sendo solicitada a leitura extra-classe para reforço na retomada posterior . No dia seguinte a professora, de modo surpreso, passou o comando para dois estagiários que ali estavam somente para conhecer a turma. O nervosismo foi evidente!Um dos estagiários não conteve o momento e se manteve mais tímido, logo o segundo assumiu a responsabilidade e começou a familiarizar-se reconhecendo o nome de alguns alunos, os quais transpareceram bom humor.

Na seqüência do conteúdo esse estagiário começou com exemplos de sua própria pessoa, tornando-se determinante em seus argumentos, aplicando seu papel de mediador. Na medida em que se desenrolava a aula, os alunos começavam a participar fazendo perguntas coerentes ao assunto, aumentando assim a socialização do conteúdo que determinava o presente para compreensão de fatos passados. Ah, enquanto isso o outro estagiários resolve entrar em cena utilizando do quadro negro para dar seguimento nas explicações, mas infelizmente não conteve o nervosismo e pôs a fugir do assunto em foco, confundindo o raciocínio dos alunos, mudando o rumo da aula.

De maneira “esperta”,o segundo estagiário retoma as explicações e no propósito de retomar a atenção dos alunos, utiliza do livro didático, solicitando a leitura compartilhada e em voz alta a qual se estendeu até o término da aula, quando foi elaborado um questionário para ser respondido em casa.

Foi mesmo uma dia de sufoco, mas que passou...Seria melhor se houvesse uma comunicação anterior, certamente aquela aula teria mais fundamento e os estagiários melhor rendimento

Conflitos na sala de aula







Em um dia comum de atividades ao término da primeira unidade, quando foi marcado o último crédito, um conflito se estendeu dentro da sala de aula. A professora foi surpreendida com a notícia do desaparecimento de dois livros didáticos, má fé dos alunos com os próprios, causando desconforto e obrigando-a a tomar atitudes e penalizar os culpados, no qual toda a turma permaneceu na sala após o término da aula.

Contudo, os livros não apareceram e a professora encaminhou o caso à diretoria em busca de resoluções imediatas para a situação. De fato, até o presente momento um desses livros ainda não apareceu e os culpados não foram identificados, pois o que foi encontrado estava num local de pouco acesso. O fato foi marcado por antipatia e mesmo não sabendo ao certo os verdadeiros culpados,“buchichins”chegou à níveis de ofensas, pois existiam os suspeitos. Foi um dia de muito nervosismo e que sem dúvida abalou relações.

Na aula seguinte, como já estava agendada, aplicou-se a avaliação que ocorreu de forma tranqüila e dentro dos requisitos exigidos pela professora. O tempo foi respeitado e a maioria dos alunos se manteve em constante concentração, embora a minoria insistia em fazer perguntas fora da estrutura das questões, além da dispersão a anseio para irem ao banheiro ou bebedouro.Num certo momento ouviu-se que tal aluno era o culpado do sumiço dos livros, e realmente era, o clima pesou novamente, mas dessa vez a professora assumiu o tom, não chamou e diretora e preferiu um diálogo apaziguador, pondo um ponto final na história que rendeu muito desconforto.

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Professores cansados de sofrer agressões


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O Conselho Executivo da Escola Básica 2,3 de Santa Maria, em Beja, manteve-se irredutível, esta segunda-feira, na decisão de se demitir em bloco, "saturado" com vários casos de agressões de alunos e pais a funcionários e professores.

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Em causa estão pelos menos três casos muito graves de agressões ocorridas desde Novembro de 2007, tendo o último episódio acontecido na passada quinta-feira.

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O problema, de acordo com fontes da escola, parece estar nos alunos e encarregados de educação provenientes de bairros degradados e de famílias nómadas.

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Face ao clima de insegurança que se vive no seio da comunidade escolar, os docentes e não docentes de sete escolas do agrupamento de Beja, tinham decidido, na sexta-feira, que encerrariam os estabelecimentos na manhã de ontem, acção de protesto que acabou por ser desconvocada numa reunião que se realizou ontem, cerca das 8 horas.

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Para esta "desconvocação", muito terá contribuído a presença, no final da tarde de sábado, de José Verdasca, director Regional de Educação do Alentejo (DREA), que, acompanhado de uma jurista, terá "aconselhado" os contestatários a recuar na decisão de fechar as escolas.

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"Era como se os capitães de Abril tivessem que pedir autorização ao Américo Tomáz para fazer a revolução", disse ao JN o docente Florival Baiôa, comentando as alegadas pressões de José Verdacas junto dos professores.

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Domingas Velez, presidente demissionária do CEA, considera que "as situações têm-se agravado de dia para dia. Estão insuportáveis", razão pela qual quer abandonar do cargo. Quanto ao encerramento das escolas, a professora defendeu que "as coisas devem ser feitas de forma programada e organizada", sustentando que todos "temos os nossos direitos, mas na legalidade", apontando uma decisão para uma reunião que se vai realizar hoje.

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Na manhã de ontem, pais e alunos concentraram-se à porta da EBI de Santa Maria "exigindo mais segurança", situação que se viria a repetir à hora de almoço, bem como ao final do dia de ontem. (Jornal de Notícias)

domingo, 30 de maio de 2010

Uma lição de moral

Começo dizendo que hoje, graças ao curso de licenciatura de História, do qual faço parte, meus pensamentos não correspondem mais há os de alguns meses atrás!
Não tinha sonho maior na minha vida do que passar no vestibular e fazer  um curso que pra mim seria uma satisfação, cheguei falando que não queria ser professora, estava ali naquela sala só porque AMAVA  a história, que iria seguir uma outra carreira para qual eu estudo, e que é bom resaltar, em nada tem haver com a docência , seria técnica em Mêcanica Industrial, no qual eu perderia noite rodando turno, ganharia bem mais, e não teria preocupações ou melhor, chateações com alunos insolentes, que não estão interessados em estudar, e que estão longe de ter algum respeito por algum professor.... bem , caros amigos, posso dizer que depois de uma série de discussões em salas de aulas, estudo de algumas politicas sociais e educacionais e um ensinamento da professora que observo, meus sonhos tomaram outro rumo. Hoje eu quero ser uma PROFESSORA, e digo mais quero ser uma super professora, daquelas que despertam o interesse do aluno como um toque de mágica, daquelas em que ensinam os alunos a pensar e se mostrar, quero resolver problemas e mostrar que a educação é o único caminho.

Bem, em mais um dia de uma aula, não tive muitas surpresas, tudo o que já tinha visto acabou por se repetir, a professora faz um esforço inacreditável para falar e maior ainda para ser ouvida, enquanto isso os alunos saiam da sala de aula sem permissão, conversavam na porta da sala de aula em meio de muitos insultos e muita falta de respeito, com toda essa desordem e falta de educação, a professora se  viu obrigada a pedi a colaboração dos alunos para fazer silencio e respeitar minha presença, isso mim deixou um pouco desconfortavél, e até com medo, pois não sei qual é a imagem que eles tem de mim. Bem ou mal a aula prosseguiu e com um silêncio considerável, o que chama minha  atenção é que aqueles poucos alunos que comparecem todos os dias a aula, tem uma grande variação de interesse, um dia eles estão afim, de ter aula e outros nem um pouco...
A aula prossegue e o cólegio já está vazio, é um dia de sexta feira e como já foi dito, é quase dia facultativo, uma aluna de outra série que espera uma colega dessa sala que observo, chega na sala de aula e pergunta para a professora:
-  Professora, porque tu não vai embora, só tem tu aqui dando aula, todo mundo já foi!

A professora com toda calma e discernimento do mundo responde com muita paciência:

- Eu acho graça de vocês alunos, são os únicos clientes que não se preocupam com o produto que vocês recebem, tanto faz se tem aula ou não, vocês acham que por estar aqui não pagam por esse serviço? o governo mim paga para que eu der 5 horas de aula noite, e eu não acho justo ganhar o dinheiro sem fazer minha parte.

E a partir de então essa mulher ganhou o meu respeito e minha admiração, fui pra casa pensando se tivéssemos 50% de professores com um senso de responsabilidade como a dela o Brasil estaria em condições bem melhores...


Como diz Alisson, sonho com um dia em que eu possa ver mudanças na educação....



quinta-feira, 27 de maio de 2010

A REVISÃO

           No dia 28 de abril, a professora titular estava impossibilitada de vir para a escola dar sua aula, pois se encontrava doente. Diante deste fato vi as crianças já felizes pela falta da professora, mas enquanto futuro educador, em formação, não poderia deixar aqueles estudantes mesmo que alegres por não terem a professora presente sem aula. Era um dever social, na minha visão, oferecer para eles um encontro com o conhecimento e mostrá-los o caminho a seguir.
Então, conversei com meu colega, também estagiário, para utilizar daquela deixa da professora para podermos revisar os assuntos dados por ela nas aulas anteriores. Juntos, eu e o colega fomos para a secretária e pedimos permissão para assumir a turma. Aceita pela direção tal atitude, o porteiro convocou os alunos para entrar e irem para sua respectiva sala. Ao chegarem lá me viram na figura do professor, e o meu colega que por motivos pessoais preferiu não tomar a mesma postura que a minha, continuando como estagiário de observação.
Iniciei a aula dizendo para aqueles estudantes que o andamento da minha aula só seria possível com o silêncio, junto à colaboração deles no momento em que eu solicitasse. Pode parecer uma postura muito rígida da minha parte, mas notei que para assumir uma sala tão desordeira como aquela, eu necessitava de uma metodologia inflexível aos caprichos daquelas crianças. Mantive esta postura ao longo daquela aula e observei que um pouco de punho para tratar aqueles “aprendizes” era o que faltava a professora, um diálogo que os intimide, e os mostre “quem manda” são medidas que falta a professora.
Pode parecer prepotência de minha parte tentar alfinetar ou até mesmo mostrar o caminho certo a ser seguido pela professora, mas que fique bem claro que este meu relato serve como sugestão e não como “verdade universal”. E ainda pude constatar que a revisão feita por mim e pelo colega que ao final decidiu contribuir com a sua presença tirando as dúvidas restantes de alguns grupos, foi mais bem sucedida que a feita pela professora, tendo em vista que na outra semana a nossa turma apresentou um melhor domínio do conteúdo quando comparado ao feito pela professora titular na semana anterior a nossa.
Conversando com o colega entramos em um consenso, no qual via a postura da professora como incoerente e que era necessário a mudança desta. A docente segundo o que conversamos necessita primeiro intimidar aqueles alunos mostrando hierarquia na sala, para que depois se possa pensar em instigar aqueles estudantes na busca do conhecimento, viabilizando se possível o seu poder crítico.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

EDUCAÇÃO?

Ainda sonho com o dia em que a educação virá a tona como a mudança real. Mudança de conceitos e percepções que mantem esse sistema educacional degradado. Custo a acreditar em um sistema educacional sem cura, que se consolida a cada dia diante da PASSIVIDADE dos seus dirigentes ou mesmo dos seus mediadores, que deveriam ser mediadores de conhecimento. Os quais exercem papel fundamental na consolidação de um sentimento de mudança nessas crianças que entram na escola com o intuito de aprender. Mas hoje me afirmam: "Aprender para que? elas não querem, são indiferentes às ações dos professores, se eles não querem não vou me acabar." (OBS. esse não é dialogo da professora que observo, é de estudantes graduandos em licenciatura da UEFS e de outras instituições.)


" para que vou dar tanta importância às disciplinas de educação, estou aqui com outro intuito [...] se quisesse ser professor ficava em minha cidade e fazia letras..."
Nós estamos sendo formados, professores, querendo ou não. Me pergunto, qual a chance dessas crianças, ou pessoas em geral, de conhecerem um profissional empenhado em mudar o sistema educacional atual, sendo que esses não querem sequer serem professores ou mesmo causar uma mudança dentro de si?
Retornando ao meu estagio, mais um capitulo: No meu terceiro dia de estágio, não houve estágio de observação, o que houve foi, no intuito de não causar perdas aos estudantes, ministrar uma revisão já que a professora, por motivos de saúde, havia faltado à aula. Nesse dia foi possível perceber o que é possível fazer para conquistar a admiração e não o desprezo dos estudantes. Enquanto assumi uma postura descontraída, o meu amigo baseado em Maquiavel preferiu ser temido que amado. Em contra partida, na minha concepção, a minha postura me proporcionaria conhecer um pouco mais das realidades de cada um ali presente, e deu certo.
Em meu pensamento referente à educação, não costumo, como uma grande parte de estudantes que me relaciono, não penso a pedagogia como algo que não posso por em prática. Penso que deve haver, sim, uma adequação do mediador, ou professor, em relação ao tempo e lugar que os edtudantes pertencem.
Assim, nessa aula ministrada podemos perceber algumas fragilidades do nosso sistema educacional, mas tambem pude ver que o que falta às crianças é insentivo e mobilidade por parte dos professores. Ao invés de tentar dar a eles assuntos prontos, deveriamos estimula-los a associarem os conteúdos com sua realidade. Você pode me questionar: Mas como trazer para a realidade atual fatos que ocorreram em tempos tão distantes se não pela leitura macissa de material? como causar interesse por parte desses estudantes?
Conversando com alguns estudantes daquela sala de 5ª serie, lembrei-me de que um dia fui criança. Lembrei-me que até os dias de hoje sou fanático por desenho animado e jogos. Por que não utilizar desses mecanismos para auxiliar a fazer um paralelo entre os conteudos e a realidade? Atualmente ha uma enorme esfera de jogos que remontam o cenário medieval e que esses estudantes ja estão abituados. "Minha gente, acorda o mundo evolui e vocês ficam parados meu irmão!"
Acredito que é cabivel, expor aqui o meu descontentamento com a postura de pessoas, ligadas a mim, que assumem uma postura ilicita diante da educação. Pensam a educação apenas como meio para ganhar dinheiro, obviamente não serei hipocrita a ponto de dizer que não penso em crescer economicamente, mas penso que posso fazer isso atraves de meios licitos e que possam trazer vantagem para mim a para os estudantes.
Em minha descrensça diante de alguns futuros professores, recompuz minha esperança após assistir um filme, A escola da vida, e diante de uma conversa com alguns estudantes da escola que Observo. Percebi que eles acreditam em mim, me pedem ( depois da aula que ministramos) para que de aula, me veem com respeito e admiração. Alem disso em uma conversa com um dos "bagunceiro", foi perceptivel sua vontade de aprender e a sua insatisfação diante das abordagens do professor estagiario.
Perdoem-me caros, no lugar da professora entrou para lecionar um estagiário da UEFS, o qual diria, detem um metodo que não condiz com a realidade. Apesar de tentar modificar aquele padrao de sala de aula expondo video tapes, trazendo musica para sala, este assume uma postura que, pelo menos a mim, é frustrante.
Para finalizar a minha postagem, digo que a responsabilidade é de todos e antes de fazer uma critica a qualquer metodo aqui criticado, ou mesmo a qualquer professor, repensei minhas atitudes e meus metodos. A conclusão que cheguei é que não há conclusão. Quero mudar isso e estou conseguindo, pelo menos o meio em que estou envolvido. O que os outros estão fazendo, eu não sei, só sei que eu faço mais do que penso.




E como um CHAVÃO: EDUCAÇÃO É PROBLEMA DE TODOS!

terça-feira, 25 de maio de 2010

Dia de avaliação

O mau comportamento dos alunos de sétima série da turma que observo é comum até em dia de atividade avaliativa. O professor, ao chegar na sala, levou ao menos dez minutos para conseguir arrumar as carteiras e colocar todos os alunos organizados e dentro da mesma. 
 
Alunos dentro da sala e mais um desafio para o professor: conseguir silêncio. O professor bem que tentou, mas os alunos não se controlavam, gritando e fazendo piadas e brincadeiras a todo instante.  Antes de começar a prova, o professor sorteou seis alunos para que escolhessem colegas e fizessem a atividade em dupla. Mais gritaria na sala. Aproveitando a confusão, dois alunos não sorteados se juntaram na tentativa de também fazer a prova em dupla. O que não deu certo, os próprios colegas os delataram e isso gerou mais gritaria e risadas.

Em menos de 15 minutos metade da turma já havia entregue a prova. Detalhe: a maioria deixou as questões discursivas sem responder. Em menos de uma hora toda a turma já havia terminado de responder a prova. Uma turma de aproximadamente 40 alunos, diga-se de passagem.

Os alunos não sabiam interpretar a prova e nem sabiam o significado de algumas palavras. A carência em língua portuguesa acaba condenando o bom resultado em outras disciplinas, principalmente em disciplinas como história que exigem boa interpretação para saber responder as avaliações.  É interessante dizer que mesmo não sabendo responder a prova, os alunos não se importavam com isso.  Isso era mais um motivo de graça pra eles. O mau resultado da maioria dos alunos na avaliação é evidente.Agora é só esperar pelas notas.


sexta-feira, 21 de maio de 2010

Resultado das provas!

Por causa de informações trocadas não pude estar no dia da avaliação, a professora me disse que eu perdi um show, a sala de aula estava cheia, bem como eu pretendia ver um dia, durante esse estágio .  Juro que o meu maior sonho é  poder ver esses alunos fantasminhas!
Parando de brincadeira e começando o assunto que é grave, vamos aos resultados de duas turmas que fizeram a mesma avaliação.
Tomando como base que a media do colégio é 5.0 e a avaliação teve peso 10.0 um único aluno obteve nota suficiente para conseguir  ficar na média, diante do resultado a professora fez uma nova avaliação para nivelar as notas. E vocês acham que isso foi suficiente? Não! não mesmo, com duas avaliações o professor não conseguiu obter o resultado desejado para a unidade.
Você acha isso absurdo?
Você acredita que a professora facilitou a a vida dos alunos por pena?
quando acaba as aulas sempre passo um tempo conversando com ela, discutindo assuntos relacionados com as atividades escolares e  em uma dessas conversas me  disse que existem alunos naquela sala que há mais de cinco anos frequentam aquela instituição e na mesma série, não comparecem as aulas com frequência, não estudam para obter conhecimento e nem desistem do meio escolar!

Que tipo de estudantes são esse que mantemos nas " salas de aula"?
Esses tipos de pessoas tem o que para oferecer a sociedade?
E o que a sociedade e principalmente os governantes fazem com jovens que não se manifestam para o estudo?

infelizmente ao meu ver as respostas são todas negativas ...

quarta-feira, 19 de maio de 2010

MEMÓRIAS EDUCACIONAIS DE UM BENEVIDES (CAPITULO 2)

(Lá vamos nós de novo...)

   Continuada a aula de medieval (repito a ressaltar, em colégio público a origem epistemológica de "medieval" é "medo", gente não deixem passar isso em branco); a professora vem sempre com um caderninho escrito todo o planejamento da aula (desconfio que seja uma edição de bolso do "livro dos mortos"[Egito]), a Pró começa a aula explicando a decadência da Europa medieval (olha o medo de novo), até que o primeiro (in)feliz aluno começa a pirraça na sala (já estou ficando irritado... - Cala a boca níguim!!!), a professora comenta - fulano você quer me fazer o favor de ficar quieto, e a aula flui a pró usa o livro didático somente como base para estudo dos exercícios (que por sinal "um milagre", são feitos e tiradas as duvidas em sala de aula) e na hora de fazer seu apontamento (no quadro não com o dedo) a mesma usa seu caderno com escritos (hieróglifos) para passar o assunto (sério a aula dela é boa, a letra também) retomando o assunto............................................................(TRIMM!!!)
  (ENTER, ESPAÇO) Devolução de trabalho escrito (típico de alunos entregar meia banda de folha de folha de caderno...com os restos da folha onde segura o arame do caderno lá sem rancá.) - Fessora !!! eu tirei quanto?; após esta indagação ("pergunta", para leigos e burros) a professora responde - aguarde que já vou entregar. (começou a briga por nota na sala...êba !!!!!!). Entonçes; uns começam a pegar as avaliações (as de fôia de caderno) dos colegas e o panavueiro reina na sala (Eu, em minha inocência pensei logo, chama a policia militar pró!), logo o conflito foi abafado, três alunos foram postos para fora da sala (ultima aula foi um só) e novamente a coordenação (ovelhas negras) veio investigar (C.S.I. Las Vegas) a ocorrência, sem duvida que a professora explicou o fato e os santíssimos alunos foram canonizados na diretoria (vio miseraví, sóbre agora), tudo resolvido alguns alunos ficaram chateados por terem tirado 0,75 numa avaliação que tinha por peso (pesado) 3,0 pontos, já outros, aparentam serem os mais esforçados da sala galgaram 2,0 pontos (PARABÉNS, PARABÉNS, HOJE É SEU DIA, QUE DIA MAIS FELIZ PARAB...).
  Ao termino da aula os alunos mais espertos (corruptos, não votem neles para senadores!) tentaram ludibriar ("fazer um bobe" para baianos) a professora, entretanto não conseguiram (não fizeram o trabalho agora querem pegar o do coleguinha, qué çê o peixe espada). acabou a aula.

(Mas não a conversa) Fiquei lembrando das aulas não filadas de P.A ("progressão aritmética", para alunos filões e doentes de amnésia), se na primeira aula foi posto um aluno para fora e na segunda três alunos é provável que na outra serão cinco...

Fico preocupado pois se a turma acabar não vou completar as trinta horas e passar de semestre!!!

fim.

terça-feira, 18 de maio de 2010

História ou piada?

Nos dias que observamos uma sala de ensino fundamental, 7ª série, notamos que o profissional de ensino responsável pela turma não se apegou a nenhum tipo de metodologia padrão, porém foi feito o uso do modelo expositivo na aplicação de exercícios.


A aula foi apresentada de forma descontraída, concordamos, porém, a fuga de atenção dos alunos e até mesmo do professor, chegou a incomodar. Através de brincadeiras esdrúxulas, houve interferência no rendimento de aprendizagem dos alunos, assim como a confusão e inversão de papeis de autoridade dentro de tal ambiente, gerando insultos e até mesmo agressões físicas entre docente e discente (custa acreditar, não é?), como já foi exposto em outro relato.

Voltando à questão dos exercícios, constatamos que as questões não estimulavam os alunos a uma interpretação, buscando somente uma cópia de parágrafos contidos em textos do livro didático. Da mesma forma, assim era a correção dos mesmos, respostas utilizando citações do livro, fazendo assim que não existisse nenhum tipo de debate para o fixamento do conteúdo. Ora, como pode haver aprendizagem se não há interação? E ainda mais, os alunos que não corrigiram o exercício em sala de aula, não tiveram direito de realizar a avaliação, sendo penalizados com a anulação da nota e obrigados a se retirarem da sala. Vale ressaltar que tudo isso foi posto em prática sem aviso prévio, os alunos não tinham noção de que poderiam se prejudicar na avaliação, caso não fizessem a correção de um exercício que se referia a outro assunto.

Em se tratando de método avaliativo escrito, as provas eram realizadas de forma espantosa, o professor ditava as quatro questões (sem ceder direito de tempo para que os alunos as copiassem) que seriam respondidas de forma imediata (assim que a pergunta fosse lançada, os alunos teriam que respondê-la naquele minuto, pois poderiam perder a próxima questão a ser ditada) e objetiva (escolha entre a, b ou c) pelos alunos num pequeno pedaço de papel. Havia também uma série de regras para tais respostas, sendo uma das imposições, a punição com retirada de pontos caso o aluno deixasse uma linha em branco entre as respostas. Se referindo às questões, bom, essas eram, no mínimo, ridículas, pois apresentavam alternativas infundadas e até mesmo inexistentes, como por exemplo, numa questão de Brasil Império sobre núcleos de administração municipal, surge a absurda alternativa: Letra C – França Antártica (Oi? Heim? Como?). No termino da palhaçada, (ops!) digo, avaliação (tempo de duração: 10 minutos), o professor realiza a correção e a entrega no mesmo momento, sem direito à reivindicação dos alunos, gerando grande balburdia entre os mesmos que entram em clima de competição ao compararem as notas. Agora imagine, comparar notas? Como seria possível? É esperado que todos atinjam a nota máxima e sejam aprovados mediante as obviedades das tais questões, não é? Mas, acredite, existem alunos que ainda erram muito e tiram notas baixíssimas. (Parece piada, mas é sério, muito sério.)

Com isso acabamos esse relato, mas não achem que essa História tragicômica acaba por aqui...

domingo, 16 de maio de 2010

Sem ter o que dizer!

A demora para postar meus comentários não foi a toa! Estou estagiando numa sala de 7° e 8° série, com alunos que devem ter em média 17 anos, quer dizer eu acho, tiro essas conclusões sem ter visto ao menos metade da turma! pois é .... nas aulas que eu conseguir observar o que era pra ser uma turma com mais ou menos 35 alunos, só pude ter o prazer de conhecer 10 alunos no máximo!
Acredito que seja por causa dos dias das aulas.... sexta-feira nos últimos horários e segunda nos primeiros horários( na sexta-feira o final de semana já começou e na segunda o final de semana ainda não terminou)_ fazendo uso de ironia é claro.
Na verdade a intenção desse estágio e mais ainda desses comentários são de analisar a postura do professor, bem como as metodologias empregadas e o relacionamento do professor X alunos.
Bem o que eu vi naquela sala de aula deixa qualquer cidadão preocupado com o futuro do Brasil no mínimo temeroso, tenho que admitir que a professora é o tipo de pessoa que não desperta interesse no aluno, muito calma, voz branda sem muito entusiasmo faz que a HISTÓRIA seja apenas mais uma disciplina que serve pra decorar e pra mais nada! Pois é, em contra partida os alunos fazem da professora um nada, exagero meu? Não, ali naquela escola não se respeita os colegas, os professores muito menos a instituição. A principal preocupação de todos é que o tempo passe o mais rápido que puder e que a aula termine o quanto antes !

Primeiro dia de aula foi revisão para uma prova, e vocês acham que eles estavam interessados em tirar dúvidas ou prestar atenção na aula?! não mesmo, as meninas conversando entre si, os meninos se batendo, xingando um ao outro de forma que a professora teve que pedir silêncio e ao menos que pudessem respeitar a minha presença, pois eu era uma universitária que estava alí para observar a turma e que certamente eu tomaria nota de tanta indisciplina!

Falar em indisciplina, mim lembrei agora que quando eu procurei a escola para saber da possibilidade de um estágio pedir que o direitor pudesse mim colocar na sala  mais indisciplinada , sabe o que ele mim respondeu? Não minha filha, aqui á noite as turmas são tranquilas diurno que é o problema!
Aí depois do primeiro dia de estágio eu  mim pergunto o que é um problema na educação escolar?
será que são alunos indisciplinados?
ou será uma turma que não comparece as aulas ou quando aparece não se prontificam a estudar?