terça-feira, 18 de maio de 2010

História ou piada?

Nos dias que observamos uma sala de ensino fundamental, 7ª série, notamos que o profissional de ensino responsável pela turma não se apegou a nenhum tipo de metodologia padrão, porém foi feito o uso do modelo expositivo na aplicação de exercícios.


A aula foi apresentada de forma descontraída, concordamos, porém, a fuga de atenção dos alunos e até mesmo do professor, chegou a incomodar. Através de brincadeiras esdrúxulas, houve interferência no rendimento de aprendizagem dos alunos, assim como a confusão e inversão de papeis de autoridade dentro de tal ambiente, gerando insultos e até mesmo agressões físicas entre docente e discente (custa acreditar, não é?), como já foi exposto em outro relato.

Voltando à questão dos exercícios, constatamos que as questões não estimulavam os alunos a uma interpretação, buscando somente uma cópia de parágrafos contidos em textos do livro didático. Da mesma forma, assim era a correção dos mesmos, respostas utilizando citações do livro, fazendo assim que não existisse nenhum tipo de debate para o fixamento do conteúdo. Ora, como pode haver aprendizagem se não há interação? E ainda mais, os alunos que não corrigiram o exercício em sala de aula, não tiveram direito de realizar a avaliação, sendo penalizados com a anulação da nota e obrigados a se retirarem da sala. Vale ressaltar que tudo isso foi posto em prática sem aviso prévio, os alunos não tinham noção de que poderiam se prejudicar na avaliação, caso não fizessem a correção de um exercício que se referia a outro assunto.

Em se tratando de método avaliativo escrito, as provas eram realizadas de forma espantosa, o professor ditava as quatro questões (sem ceder direito de tempo para que os alunos as copiassem) que seriam respondidas de forma imediata (assim que a pergunta fosse lançada, os alunos teriam que respondê-la naquele minuto, pois poderiam perder a próxima questão a ser ditada) e objetiva (escolha entre a, b ou c) pelos alunos num pequeno pedaço de papel. Havia também uma série de regras para tais respostas, sendo uma das imposições, a punição com retirada de pontos caso o aluno deixasse uma linha em branco entre as respostas. Se referindo às questões, bom, essas eram, no mínimo, ridículas, pois apresentavam alternativas infundadas e até mesmo inexistentes, como por exemplo, numa questão de Brasil Império sobre núcleos de administração municipal, surge a absurda alternativa: Letra C – França Antártica (Oi? Heim? Como?). No termino da palhaçada, (ops!) digo, avaliação (tempo de duração: 10 minutos), o professor realiza a correção e a entrega no mesmo momento, sem direito à reivindicação dos alunos, gerando grande balburdia entre os mesmos que entram em clima de competição ao compararem as notas. Agora imagine, comparar notas? Como seria possível? É esperado que todos atinjam a nota máxima e sejam aprovados mediante as obviedades das tais questões, não é? Mas, acredite, existem alunos que ainda erram muito e tiram notas baixíssimas. (Parece piada, mas é sério, muito sério.)

Com isso acabamos esse relato, mas não achem que essa História tragicômica acaba por aqui...

2 comentários:

Educação em foco disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Educação em foco disse...

Seriamente, este professor no meu ver jamais passou por um curso de formação docente. Ele pode ser um profissional liberal, um comerciante, qualquer coisa menos professor, as vezes dá vontade de pegar um "professor" desses e fazer as mesmas coisas com ele pra ver se o mesmo vai gostar.
Meninas graças a Deus na sala que estou observando o problema é mais gerado pelos alunos, a professora tenta dar aula mais tem uns 7 alunos que mais valem por tormento que por estudante, precisamos identificar as maçãs podres; sejam elas quem for.

Rodolfo Benevides