quinta-feira, 27 de maio de 2010

A REVISÃO

           No dia 28 de abril, a professora titular estava impossibilitada de vir para a escola dar sua aula, pois se encontrava doente. Diante deste fato vi as crianças já felizes pela falta da professora, mas enquanto futuro educador, em formação, não poderia deixar aqueles estudantes mesmo que alegres por não terem a professora presente sem aula. Era um dever social, na minha visão, oferecer para eles um encontro com o conhecimento e mostrá-los o caminho a seguir.
Então, conversei com meu colega, também estagiário, para utilizar daquela deixa da professora para podermos revisar os assuntos dados por ela nas aulas anteriores. Juntos, eu e o colega fomos para a secretária e pedimos permissão para assumir a turma. Aceita pela direção tal atitude, o porteiro convocou os alunos para entrar e irem para sua respectiva sala. Ao chegarem lá me viram na figura do professor, e o meu colega que por motivos pessoais preferiu não tomar a mesma postura que a minha, continuando como estagiário de observação.
Iniciei a aula dizendo para aqueles estudantes que o andamento da minha aula só seria possível com o silêncio, junto à colaboração deles no momento em que eu solicitasse. Pode parecer uma postura muito rígida da minha parte, mas notei que para assumir uma sala tão desordeira como aquela, eu necessitava de uma metodologia inflexível aos caprichos daquelas crianças. Mantive esta postura ao longo daquela aula e observei que um pouco de punho para tratar aqueles “aprendizes” era o que faltava a professora, um diálogo que os intimide, e os mostre “quem manda” são medidas que falta a professora.
Pode parecer prepotência de minha parte tentar alfinetar ou até mesmo mostrar o caminho certo a ser seguido pela professora, mas que fique bem claro que este meu relato serve como sugestão e não como “verdade universal”. E ainda pude constatar que a revisão feita por mim e pelo colega que ao final decidiu contribuir com a sua presença tirando as dúvidas restantes de alguns grupos, foi mais bem sucedida que a feita pela professora, tendo em vista que na outra semana a nossa turma apresentou um melhor domínio do conteúdo quando comparado ao feito pela professora titular na semana anterior a nossa.
Conversando com o colega entramos em um consenso, no qual via a postura da professora como incoerente e que era necessário a mudança desta. A docente segundo o que conversamos necessita primeiro intimidar aqueles alunos mostrando hierarquia na sala, para que depois se possa pensar em instigar aqueles estudantes na busca do conhecimento, viabilizando se possível o seu poder crítico.

Nenhum comentário: