Diálogos entre professor ( destaque em vermelho) de rede estadual e alunos ( verde, os meninos e lilás, as meninas) da sétima série, ensino fundamental.
Na aplicação do teste:
- Eu to ficando velho e não besta.
- Tá véiu mermo!
- Velho, é? Não foi isso que você me disse ontem à noite na hora daquela agonia.
Aplicação de exercício:
- Sua feia!
- Você não tem espelho em casa, não?
- Tenho. Quando você vai na minha casa eu tenho até que esconder pra não quebrar.
- Fecha a cara que eu nunca fui na sua casa! Pior é tua cara que se eu ver eu não durmo de noite.
- Não dorme, não? Isso foi um convite?
Aplicação de exercício:
- Que garrancho é esse, professor? ( Referindo-se às letras do exercício proposto pelo professor na sala de aula.)
- É garrancho, é? Você já sabe, né?
- Tô falando da letra, professor!
Explicação de um fato histórico:
- O Brasil não se desenvolveu por causa da preguiça.
- No Brasil só tem vagabundo mesmo.
- Não to falando do seu pai. (em seguida segura o aluno pelo pescoço com as duas mãos e o sacoleja)
- Por que você me enforcou? (Logo após ser agredido pelo professor.)
- Não te enforquei, eu só tava tentando matar uma barata que tava na minha frente.
Na correção do exercício:
- O professor é que nem um trator. (Gritando pra turma.)
- Por quê?
- Tem a roda grande.
- Tem o pino grande também, você quer ver?
- Eu não, esse pino véi muxu.
Ainda na correção do exercício, após uma série de brincadeiras de muito mau gosto, ouvimos:
- Vixi, to boiando na aula.
- Você nem sobe e nem desce, merda só fica boiando mesmo.
Antecedendo a avaliação:
- Sente, vá! Dá pra você colocar seu patrimônio no patrimônio da escola?
- Vou é colocar seu patrimônio no meu.
No fim da aula:
- Aqui na sala só tem jegue.
- Como você sabe? Já namorou com algum, foi?
E pra finalizar a semana, nos corredores, ouvimos as seguintes palavras:
- Ó pra cabeça do professor... ( Passando a mão na cabeça do professor.)
- Tá gostando, né? Vou te dar outra cabeça pra você alisar.
Dentre outras “pérolas” ditas dentro e fora da sala de aula, mas ainda no ambiente escolar, como:
“Se eu olho pra tua cara, não vejo uma rosa, vejo um cravo num difunto!”
“Eu quero é que você morra e que a notícia corra!”
“Preto só tem juízo até meio-dia, e você nem até isso.”
“Além de nascer preto ainda é uma bicha louca!”
“Sua cara da fome!”
Difícil acreditar, não?
Construção
-
Quem te ensinou a ser quem és
Qual passante qualquer que mais te fez crescer
Por quais lugares passou
De quem absorveu tal dissabor
Qual traço da vida te f...
Há 7 anos
Nenhum comentário:
Postar um comentário