quinta-feira, 6 de maio de 2010

Sala de Aulas ou exclusão?

Em 03-05-10, foi a minha segunda maratona de observação escolar. Nesse dia a professora trabalhou com algumas questões escritas, do livro didático e estava avaliando quais foram os alunos, que conseguiram responder de maneira eficiente a atividade passada em classe.
Foram duas aulas com tentativas constantes, por parte da professora, de envolver os estudantes em torno da leitura do texto, que servia como base para resolução das questões. Não obtendo sucesso em sua empreitada, era claro a insatisfação daquela profissional acompanhada da intolerância dela, diante dos alunos. Muitos estudantes não tinha o hábito de leitura; tendo dificuldades em interpretar os textos. Recorrendo frequentemente a minha ajuda, para conseguir entender até mesmo as questões abordadas. Nessas condições, houve uma situação um tanto bizarra. E em minha opinião muito depreciativa para manter um bom andamento da aula proposta na classe. Foi promovido uma espécie de concentração da aula, por parte da professora na figura de cinco alunos. Sendo que a turma era composta de quarenta estudantes.
Tal comportamento profissional, nos levam a compreender a sala de aula, não mais como um mecanismo de inclusão social. E sim como uma forma quase que silenciosa de exclusão das pessoas. Como fosse pouco essa atitude, de marginalização dos estudantes, a professora simplesmente informou a seus alunos. Que iria aplicar uma prova na mesma semana, arfimando que os alunos ausentes por qual quer motivo de força maior estaria sumariamente reprovados.
Como entender tais atitudes profissionais? qual o significado de tanta intolerância no ato de lecionar? por que as salas de aulas estão sendo utilizadas como forma de exclusão e não mas de integração social? Esses são questionamentos, que os educadores devem entender numa perspectiva histórica. Para quem sabe, resolver parte dessas mazelas, existentes no presente do cotidiano escolar dos colégios da rede pública de ensino.

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