terça-feira, 4 de maio de 2010

INíCIO - Primeiro dia

No dia 06/04/2010, dei inicio ao estágio de observação em uma escola que vai da 5ª série à 8ª. Bem, como um calouro, minhas espectativas eram muito grandes e sabia que de certa forma me frustraria ao ver que a realidade da escola pública aqui em Feira de Santana é bem pior do que a realidade de Cruz das Almas, que é onde estudei, também em escola pública.
Mas para minha surpresa, percebi que essa realidade não era tão distante assim.
Logo no inicio mantive uma postura rígida, pois não queria que os estudantes, os quais são 5ª série, me vissem como um "coleguinha" que eles podem fazer o que quizessem. Mas logo percebi que eles não fariam isso caso eu não deixasse.
Apesar de ser um estágio  de observação percebo que faz-se necessário um entrosamentos entre estagiário-estudante, para que dessa forma troquemos esperiencias e assim possa entender o cotidiano daqueles que um dia poderão estar em meu lugar.
Nesse dia a professora doscente, fez uma revisão para uma avaliação que aconteceria noutra aula. O conteúdo dado em sala de aula era referente à teoria da história, as questoes que envolvem a cientificidade historica e qual o papel do historiador. A professora aplicou um questionário a fim de responder as  possiveis duvidas dos estudantes.
Em analise nesta sala, pus-me a refletir sobre o papel da pesquisa na sala de aula. Isso devido ao fato da professora haver pedido aos estudantes que realizassem um trabalho de "pesquisa" e um deles ter feito uma cópia da internet, e para piorar a situação nem sabia o que contia na suposta "pesquisa" que ele havia feito.
Percebi assim, que o fato de apenas ter pedido o trabalho não faria com que os estudantes soubessem o que fazer, ela deveria orientálos em como fazer tal trabalho e qual seria o fundamento daquilo.
E assim foi o meu primeiro dia de estágio de observação.

Um comentário:

Educação em foco disse...

Alisson,
O problema é que muitas vezes a idéia de pesquisa já vem deturpada desde o início. Na 1a. à 4a., na 5a à 8a.; no ensino médio professores e professoras estimulam a idéia de que pesquisar e copiar quando recebem trabalhos que são notoriamente cópias e que são aceitos como pesquisa e ainda recebem a nota máxima. Muitos professores usam a pesquisa para não dar aula ou dar o conteúdo. Não problematizam os temas. Ao invés de colocarem questões que problematizam um tema e estimulam a reflexão e a criticidade, continuam a pedir pesquisas sobre a Reforma Protestante, a Revolução Industrial, dentre outros exemplos que não problematizam nada e estimulam a cópia. A maneira como os professores aprenderam e como ensinam precisa ser sempre revista caso contrário um ciclo vicioso vai continuar se perpetuando, inclusive nas Universidades onde os alunos reproduzem o ciclo através de monografia que são cópias, seminários que são meras reproduções fragmentadas de um texto, etc. Como vcs vêem a pesquisa na Uefs e a que tiveram no ensino fundamental e médio?
Mas gostei da sua preocupação. Acho que refletir sobra a prática, sobre o ensino de história e sua função socia é um bom começo. Abraço, José Augusto.